1 de 1 Imagem colorida: paciente em maca de hospital recebe infusão - Metrópoles
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Três em cada quatro pacientes diagnosticados com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal tiveram o diagnóstico tardio. O número foi indicado pelo Radar do Câncer, pesquisa do Instituto Oncoguia que teve seus dados regionais divulgados nesta quarta-feira (19/7).
Segundo o levantamento, no período de 2019 e 2021, 75,3% dos pacientes oncológicos foram diagnosticados tardiamente na rede pública de saúde do DF. O número é maior que a média nacional, que foi de 62% no mesmo período.
O Oncoguia considera um diagnóstico tardio aquele que foi feito quando os pacientes iniciam seus tratamentos (quimioterápico e/ou radioterápico) com o câncer nos estágios 3 ou 4, ou seja, já avançados ou metastáticos.
Segundo o instituto, a descoberta do tumor em estágios avançados leva a uma série de complicações: diminuem as possibilidades de tratamento sem precisar de cirurgia e aumentam as chances de morte. Além disso, os custos aos cofres públicos de tratar o paciente também sobem consideravelmente.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
miriam-doerr/istock
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia
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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia
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O câncer no Brasil
No cenário nacional, o estado com o pior cenário é o Acre, com 80,5% dos novos pacientes iniciando o tratamento tarde. Em contrapartida, o estado com o melhor cenário é o Amapá, com 26,7% dos novos casos sendo diagnosticados tardiamente.
O estudo foi feito com dados do Ministério da Saúde coletados entre 2008 e 2021. Neste período, o SUS atendeu cerca de 2,7 milhões de pacientes com câncer, com uma média de 192 mil novos casos por ano.
Na plataforma criada para divulgar os dados, é possível ver quanto custa o tratamento dos 10 tipos de câncer mais comuns e qual a quantidade de pessoas que começam o tratamento a tempo, entre outros dados.
No caso dos cânceres de próstata e de mama, por exemplo, aproximadamente 56% dos pacientes brasileiros começaram o tratamento em estágio avançado nos últimos três anos. O pior caso é o do câncer de pâncreas, em que o diagnóstico em estadiamento avançado ocorre em 85% dos casos.
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