Jovem com câncer de pulmão terminal lista 5 sintomas que ela ignorou
Linda Chavez descobriu aos 34 anos que tinha um câncer de pulmão terminal com metástase no cérebro e ossos e alerta para sinais ignorados
atualizado
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A jovem americana Linda Chavez, de 35 anos, descobriu em maio de 2024 que estava com câncer de pulmão. O tumor foi descoberto já em estágio quatro, o mais grave, e com metástases no cérebro e nos ossos. Desde então, a jovem se dedica a explicar quais foram os sintomas da doença que ela e os médicos ignoraram.
A maioria dos tumores de pulmão é resultado de maus hábitos de saúde, especialmente o tabagismo. O caso de Linda, porém, está relacionado à uma mutação genética, uma alteração no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), que é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. A jovem nunca fumou.
Em pessoas com a mutação, o EGFR fica ativado constantemente, enviando sinais às células do pulmão para que se multipliquem, favorecendo a formação de cânceres. Embora existam tratamentos específicos que podem ser eficazes nesse casos, o diagnóstico tardio de Linda tornou qualquer operação de retirada do tumor impossível. O tratamento tem sido feito para impedir a reprodução dos tumores em outras regiões do corpo e para o controle dos sintomas.
Os sinais ignorados do câncer de pulmão
Linda não deu muita importância aos primeiros sintomas — ela teve uma tosse frequente que nem sabe dizer quando começou. A jovem só procurou um médico quando apareceram outros sinais, como dores pelo corpo e enxaquecas.
Depois, apareceram outros sintomas. Alguns deles estavam relacionados com o tumor primário, como exaustão constante e dor ao respirar mais profundamente. Outros sinais, porém, pareciam ser desconexos.
Ela teve dores persistentes nos dedos dos pés, dor de cabeça e náusea nos meses anteriores ao diagnóstico. A dor nos dedos era resultado de metástases que tornaram os ossos dos pés pontiagudos, enquanto a náusea e as dores de cabeça estavam relacionadas à presença de tumores no lobo frontal direito do cérebro.
Além dos sinais ignorados, Linda teve o azar de receber uma série de diagnósticos errados de médicos que minimizaram seus sintomas. Ela foi identificada com alergia, bronquite, pneumonia e até pré-diabetes antes dos exames de imagem apontarem a presença do tumor.
Quando foi diagnosticada, Linda já tinha câncer não só no pulmão, mas também em outras partes do corpo, incluindo o cérebro, ossos, gânglios linfáticos e glândula adrenal. Em suas redes sociais, a jovem compartilha atualizações sobre sua jornada e destaca a importância de não ignorar sintomas recorrentes.
Em novembro, ela revelou que perdeu a visão do olho direito e foi diagnosticada com doença de disseminação leptomeníngea, uma condição rara em que células cancerígenas invadem as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A complicação causa sintomas debilitantes, como convulsões e dormência nos membros.
Apesar de ter um prognóstico desfavorável, Linda permanece otimista. “Tenho muita fé de que vou sobreviver, estou aqui pelos meus filhos”, disse ela em um vídeo no TikTok. A família de Linda criou uma vaquinha no GoFundMe para ajudar com despesas médicas. Eles esperam juntar 100 mil dólares.
O câncer de pulmão
O câncer de pulmão é uma das formas mais comuns e letais da doença. No Brasil, são diagnosticados cerca de 32 mil casos por ano e 28 mil pessoas morrem em decorrência dos tumores. Dados da associação de pacientes Cancer Research UK mostram que aproximadamente 80% dos casos poderiam ser prevenidos, já que estão ligados a fatores como tabagismo, exposição a toxinas e poluição do ar.
Nem sempre, porém, este é o caso e fatores genéticos, especialmente com a presença de outros casos de câncer em pessoas jovens da família próxima, devem ser considerados. O Cancer Resarch UK estima que a incidência de câncer de pulmão em mulheres britânicas com menos de 24 anos subiu 130% desde 1990. O número absoluto de casos nessa faixa etária, porém, ainda é baixo, representando menos menos de 1% dos diagnósticos.
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