Um ex-salva-vidas australiano precisou retirar cerca de 200 tumores provocados pelo câncer de pele. Uma das causas desse tipo de câncer é a exposição desprotegida ao sol e ele admite que não costumava usar nem chapéu e nem protetor solar durante o expediente à beira mar.
Após realizar os procedimentos, Leigh Raaschou ficou com a face desfigurada, com várias cicatrizes no corpo e no rosto e com a visão comprometida. “Como você pode ver pelos enxertos de pele, fizeram radioterapia em praticamente todas as áreas da minha cabeça”, desabafou Leigh, em entrevista à ABC News.
Atualmente, ele se dedica a contar história para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de se protegeram da exposição solar excessiva.
Salva-vidas australiano precisou retirar cerca de 200 tumores do corpo provocados pelo câncer de pele
Reprodução/Facebook Leigh Raaschou
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Homem remove 200 tumores por não usar protetor solar
Reprodução/Facebook Leigh Raaschou
O australiano chegou a ter de colocar uma placa de titânio na cabeça porque o câncer chegou a atingir parte de seu crânio. No entanto, uma infecção entre a prótese e o cérebro obrigou-o a retirar a placa. “Devido ao alto risco de sangramento no cérebro, os especialistas não vão colocá-lo de volta”, disse Leigh.
O último tumor foi retirado no ano passado, era um melanoma maligno, considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo, pois possui alta possibilidade de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente e corresponde a cerca de 30% de todos tumores malignos registrados no Brasil.
A doença apresenta um alto percentual de cura, caso seja detectada e tratada precocemente. O câncer de pele acomete, principalmente, as áreas do corpo que estão mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas.
Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores são mais sensíveis ao sol.
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura
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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga
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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas
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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento
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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia
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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”
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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”
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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais
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Principais sintomas do câncer de pele
Manchas que coçam, descascam ou sangram;
Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.
Como se proteger do câncer de pele
Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
Procurar lugares com sombra;
Usar bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas;
Antes de se expor ao sol, aplicar filtro solar na pele e nos lábios.
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