Câncer de pele: campanha de dermatologistas alerta para prevenção
Sociedade Brasileira de Dermatologia lança campanha Dezembro Laranja para que a população reforce cuidados com a pele durante o verão
atualizado
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No segundo verão da pandemia, além do uso do álcool em gel, máscaras e o respeito ao distanciamento social, a população deve se conscientizar sobre a prevenção do câncer de pele. Diretamente ligado à exposição solar, este é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país. Neste ano, a proposta da campanha do Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é unir prevenção ao coronavírus com os cuidados que reduzem as chances de aparecimento da doença.
A mensagem da campanha é “Adicione mais fator de proteção ao seu verão”, pois é esperado que os espaços abertos voltarão a ser ocupados após a queda nos indicadores de mortalidade relacionados à Covid-19. A entidade médica que representa os dermatologistas sugere que os brasileiros aliem a prevenção ao coronavírus com a proteção contra o câncer de pele.
A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao seu surgimento.
Perfis mais propensos ao câncer de pele
- Pessoas com pele, cabelos e olhos claros;
- Pessoas com histórico familiar da doença;
- Portadores de múltiplas pintas pelo corpo;
- Pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados;
A recomendação dos dermatologistas é prestar atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam – a presença delas pode revelar o câncer de pele. A rotina do autoexame facilita o reconhecimento dos casos.
Câncer de pele no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem em torno de 8,5 mil casos novos por período. A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.
Diagnóstico precoce
A detecção precoce do câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscada com a investigação de sinais e sintomas como, o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação ou com alterações em uma pinta já existente, que venha a aumentar de tamanho, mudar de cor e forma, passando a apresentar bordas irregulares.
O diagnóstico pode ser feito por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou de pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.