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Tumor do tamanho de melão é encontrado em jovem com câncer de ovário

Mia Robins levou seis meses para ser diagnosticada com tumor de ovário do tamanho de um melão. Médicos achavam que era infecção urinária

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Foto selfie de Mia Robins diagnosticada com tumor de ovário
1 de 1 Foto selfie de Mia Robins diagnosticada com tumor de ovário - Foto: Reprodução/Facebook

O câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o mais letal. A inglesa Mia Robins, de apenas 21 anos, teve a doença confundida com uma infecção urinária e demorou seis meses para descobrir que tinha um teratoma que se tornou um câncer. O tumor estava do tamanho de um melão e já tinha cabelos e dentes devido ao avançado estado de desenvolvimento.

A estudante de ciências biomédicas tinha fortes dores abdominais, fadiga, perda de peso e queda de cabelo. Ela procurou atendimento médico várias vezes, e recebeu diversos diagnósticos, que foram de alopecia e anemia à infecção urinária.

“Eu acordava com dor, como se precisasse ir ao banheiro imediatamente. Sentia uma pressão muito grande, mas passava assim que eu ia ao banheiro”, conta Mia em entrevista ao portal Daily Mail.

Ela lembra que a dor começou depois que seu apêndice foi removido, em dezembro de 2021. A jovem não conseguia comer direito e perdeu cerca de 15 kg. “Meu cabelo começou a cair e percebi uma área calva na parte de trás da minha cabeça do tamanho da palma da minha mão. Eu também tinha uma protuberância enorme na barriga — parecia estar grávida de quatro ou cinco meses”, afirma.

A estudante foi ao pronto-socorro duas vezes em três semanas e esteve em cinco consultas médicas em seis meses devido aos seus sintomas.

“Me disseram que podia ser doença celíaca, anemia, alopecia e uma infecção urinária. Eu disse aos médicos que estava rastejando para o banheiro com dor e eles me deram antibióticos para a suposta infecção, mas eu sabia que não era isso. Os remédios não me ajudaram em nada. Me lembro de comentar com um amigo que podia ser câncer, e ele me disse para não ser boba”, lembra.

Em junho de 2022, Mia voltou à emergência e passou por um ultrassom: foi quando os médicos descobriram que ela tinha câncer de ovário em estágio um. O tumor era do tamanho de um melão e a jovem precisou de cirurgia de urgência.

“O tumor foi descoberto cedo, mas era absolutamente enorme. Ele tinha uma irrigação sanguínea tão boa que conseguiu criar dentes e cabelos, o que é aparentemente normal em um tumor bem grande”, explica Mia.

Câncer de ovário

O câncer de ovário está associado a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Muitas vezes, o diagnóstico é tardio porque os sintomas são vagos e podem incluir indigestão, dor pélvica ou abdominal, perda de apetite, constipação e necessidade de urinar com mais frequência.

Cerca de um quinto das mulheres com câncer de ovário são diagnosticadas no pronto-socorro, quando já é tarde demais para qualquer tratamento.

Mia lamenta que seus sintomas foram ignorados e que exames de imagem não foram feitos antes para detectar o câncer. “Demorou seis meses. Mas fiquei tranquila e permaneci confiante para retomar a minha rotina normal. A cirurgia foi um sucesso, mas eles tiveram que remover meu ovário direito, trompa de falópio, parte do meu abdômen e alguns gânglios linfáticos”, explica.

Apesar da remoção do tumor, o câncer voltou em fevereiro de 2023. Mia precisou fazer quimioterapia por três meses e recebeu alta, mas realiza exames regulares para garantir que a doença não reapareça.

“Foi bom saber que acabou e eu poderia voltar à minha vida normal, mas sei que precisarei cuidar disso pelo resto da minha vida”, afirma.

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