1 de 1 Ilustração colorida mostra mulher com a fita típica do câncer de mama e cercada de plantas e flores - Metrópoles
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Manter uma dieta saudável e uma rotina de atividade física pode melhorar de forma significativa o resultado da quimioterapia feita antes da cirurgia para câncer de mama. O dado é de um novo estudo feito por cientistas americanos da Universidade de Yale, publicado no Journal of Clinical Oncology, que mostra que se manter ativa aumenta as chances de o tumor desaparecer após o tratamento.
Sabe-se que uma boa alimentação e exercícios são parte essencial do tratamento contra a doença. No entanto, ainda há poucos estudos sobre o efeito dos bons hábitos na resposta da terapia neoadjuvante, aquela que é administrada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor. Uma das formas de testar sua eficácia é avaliar a presença de células ativas do tumor no tecido removido.
Para isso, os autores dividiram em dois grupos 173 mulheres com câncer de mama em diversos estágios. Enquanto metade seguiu sua rotina habitual, as demais foram encaminhadas para um plano específico de alimentação rica em frutas, verduras e fibras, e com baixo consumo de açúcar, carne vermelha, alimentos processados e álcool. Elas também foram orientadas a praticar 150 minutos semanais ou mais de atividade física moderada a intensa – ou 75 minutos de atividade intensa – e mais duas sessões de treino de resistência.
Após a cirurgia, mais da metade das pacientes desse grupo (53%) não apresentou vestígios da doença no tecido extraído, contra 28% das demais. Os bons resultados foram observados naquelas que estavam em estágio inicial, inclusive nas portadoras de tumor triplo negativo, um tipo agressivo e difícil de tratar.
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Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
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“O fato de a doença desaparecer completamente após a quimioterapia é um indício de maiores chances de cura”, diz a oncologista Heloísa Veasey Rodrigues, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Outro benefício observado pelos pesquisadores foi o aumento da adesão a uma rotina de hábitos saudáveis. Enquanto no início do estudo apenas 10% das pacientes faziam musculação, no fim, a maioria (71%) adotou a prática. O consumo de vegetais também aumentou.
“A dieta saudável e a atividade física são importantes em todas as fases, desde a prevenção da doença até o aumento da chance de cura e diminuição da mortalidade. Sempre recomendamos uma boa alimentação e exercícios para pacientes em qualquer momento do diagnóstico e durante todo o tratamento”, explica a especialista.
Além de melhorar o estado geral do paciente, ajudando a manter o condicionamento cardiovascular, a força e a massa muscular, os exercícios também podem ajudar a aliviar efeitos do tratamento, como a fadiga. Rodrigues explica que o médico deverá orientar a melhor prática em cada caso.
Fonte: Agência Einstein
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