Câncer de fígado: tratamento inovador e menos invasivo é realizado no DF
Técnica de radioembolização hepática é indicada para cânceres hepáticos e foi aplicada pela, primeira vez, no Centro-Oeste
atualizado
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Um procedimento inovador para o tratamento do câncer de fígado foi realizado, na última sexta-feira (19/5), no Distrito Federal. Trata-se da primeira radioembolização hepática com Ítrio-90 do Centro-Oeste. O procedimento é utilizado para tratamento de cânceres hepáticos, como tumor no fígado primário e em metástases de outros tumores, como os colorretais.
Ao contrário de outros tratamentos, a radioembolização utiliza partículas radioativas microscópicas que são direcionadas para o tumor através dos vasos sanguíneos. Essas partículas emitem radiação localmente, atingindo o tumor e minimizando danos às células saudáveis. A radioembolização é especialmente útil para tumores inoperáveis e pode ser combinada com outras terapias para aumentar sua eficácia.
É uma opção de tratamento promissora que visa reduzir o tamanho do tumor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Uma das vantagens da técnica é que o procedimento é minimamente invasivo
Como é o procedimento
Antes da radioembolização é feito um estudo vascular do fígado para verificar possíveis comunicações com outros órgãos, que, dependendo do grau pode impossibilitar a administração das microesferas, pelo risco de migração destas para locais indesejados.
Após a avaliação pré-procedimento, o paciente recebe anestesia local e um cateter é inserido na artéria da virilha e guiado até as artérias hepáticas que alimentam o tumor. Em seguida, microesferas radioativas são administradas diretamente nas artérias que suprem o tumor, liberando radiação localmente e danificando as células cancerígenas. O paciente é monitorado e recebe cuidados pós-procedimento.
Tratamento inédito
O procedimento feito no Hospital DF Star, anteriormente não estava disponível na região e poderá ter múltiplas aplicações. “Também pode ser utilizada como terapia neoadjuvante antes de cirurgia ou transplante hepático, além de ser uma opção de tratamento paliativo para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, explica o radiologista intervencionista Mateus Saldanha Cardoso.
O procedimento foi realizado em um homem de 70 anos de idade, com tumor de cólon operado, já submetido anteriormente à quimioterapia e cirurgia hepática, que evoluiu para o surgimento de novas lesões no fígado. O paciente recebeu alta hospitalar no dia seguinte ao procedimento.
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