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CAR-T: Ribeirão Preto inicia teste de terapia celular contra câncer

Os testes com células CAR-T serão feitos com 81 pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B

atualizado

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Ilustração de células do sangue - Metrópoles
1 de 1 Ilustração de células do sangue - Metrópoles - Foto: GettyImages

Começa nesta sexta-feira (15/3) a seleção dos pacientes interessados em participar do estudo clínico sobre o tratamento de leucemia e linfoma com a terapia celular CAR-T Cell em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

A pesquisa será feita no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) e participarão 81 pessoas com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B.

Um dos pré-requisitos para fazer parte do estudo clínico é não ter respondido bem aos tratamentos convencionais, como quimioterapia e transplante de medula óssea – ou ter tido retorno da doença após as terapias.

O HCFMRP vai começar a incluir os candidatos ao estudo clínico de fases 1 e 2. No primeiro momento, apenas quatro pacientes serão tratados no Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto. Os dados deles serão enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para avaliação da segurança.

“Se tudo correr bem, os outros centros envolvidos no estudo poderão começar a tratar os demais candidatos”, explica o coordenador médico do Hemocentro de Ribeirão Preto, Diego Villa Clé, em entrevista à Agência Fapesp.

O tratamento foi desenvolvido no Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiado pela Fapesp no Hemocentro da FMRP. O projeto é feito em colaboração com o Instituto Butantan e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

CAR-T

A terapia é uma técnica que combate o câncer no sangue com as células de defesa do próprio paciente modificadas em laboratório.

Para tanto, os linfócitos T – as células do sistema imune responsáveis por combater agentes patogênicos e matar células infectadas – são retirados, isolados, ativados e reprogramados para que consigam identificar células do câncer. Todo esse processo leva cerca de 60 dias.

Pesquisa com células CAR-T

O Hemocentro de Ribeirão Preto foi escolhido pela Anvisa para ser o responsável pelo projeto-piloto no desenvolvimento de produtos de terapia avançada com o uso de células CAR-T.

O Ministério da Saúde liberou, em dezembro, o repasse de R$ 100 milhões para o financiamento da pesquisa na fundação, que é ligada à Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto Butantan.

O Hemocentro de Ribeirão Preto abriga a única fábrica de células CAR-T da América Latina. Vinte pessoas já foram tratadas com as células, e o Núcleo de Terapia Celular Avançada de Ribeirão Preto (Nutera-RP), pode preparar até 300 tratamentos por ano.

Segundo Clé, a estimativa é de que 3 mil a 4 mil pessoas poderiam se beneficiar com o tratamento hoje no Brasil. “O Nutera-RP poderá aumentar a capacidade futuramente para dar conta da demanda, mas precisará de mais investimentos”, afirma.

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