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Caminhar ao ar livre por 10 minutos ajuda a parar de fumar, diz estudo

Pesquisa feita por médicos da Áustria indica que a prática de exercícios físicos, mesmo que breve, pode reduzir o desejo de fumar

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Imagem mostra os pés de uma mulher, que está de tênis, fazendo uma caminhada - Metrópoles - parar de fumar, caminhar
1 de 1 Imagem mostra os pés de uma mulher, que está de tênis, fazendo uma caminhada - Metrópoles - parar de fumar, caminhar - Foto: Getty Images

Para aqueles que desejam abandonar o hábito de fumar em 2024, um método simples pode ajudar. Médicos da Universidade de Innsbruck, na Áustria, descobriram que a prática de exercícios físicos ao ar livre, como uma caminhada rápida, pode reduzir significativamente o desejo de fumar, mesmo que a atividade física dure apenas 10 minutos.

Evitar o tabagismo é chave para uma vida saudável, já que fumar é uma das principais causas evitáveis ​​de doenças e mortes em todo o mundo. Ainda assim, cerca de 10% da população brasileira ainda fuma diariamente, de acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os médicos austríacos descobriram que se exercitar ao ar livre pode ajudar ainda mais na redução do desejo de acender um cigarro. Os resultados da pesquisa foram publicados em novembro do ano passado.

“Nosso estudo foi o primeiro a considerar o impacto de exercícios ao ar livre na redução do desejo de fumar, já que anteriormente eram considerados nos testes apenas pessoas se exercitando em esteiras”, explica a médica Stefanie Schöttl, autora principal do estudo, em entrevista ao site da universidade.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

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Como foi feita a pesquisa?

A pesquisa reuniu três grupos de 16 fumantes que queriam parar de fumar. Dois deles foram orientados a fazer 10 minutos de exercício: um fez caminhada ao ar livre, outro, na esteira, e o último grupo ficou sentado em uma sala.

Antes, durante e depois dos exercícios, os pacientes foram perguntados sobre o desejo de fumar. “Eles também nos informaram quanto tempo demoraram para fumar o próximo cigarro”, acrescenta Stefanie.

Os resultados foram significativos. Tanto o grupo de exercício interno quanto o externo relataram redução do desejo durante a realização do exercício, ao contrário do grupo de controle que permaneceu sentado.

Após fazer exercícios ao ar livre, os fumantes só decidiram acender o cigarro seguinte em média 26 minutos depois da prática. Entre os que seguiram a atividade na esteira, a média de espera foi de 17 minutos depois da atividade.

Agora, os investigadores planejam expandir a pesquisa para um grupo maior, de forma estatisticamente significativa, para saber se a diferença entre exercícios internos e externos se repete.

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