Caminhada até o trabalho diminui risco de infarto e câncer, diz estudo
Exercícios de 45 minutos ao dia, mesmo realizados durante o deslocamento, diminuem o risco de ataque cardíaco e inflamação do organismo
atualizado
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Como você chega até o trabalho? Se possível, você deveria dar preferência a ir caminhando ou de bicicleta, segundo um estudo publicado em dezembro de 2023 no European Journal of Public Health por pesquisadores da Finlândia.
Os investigadores conseguiram comprovar que quem fez deslocamentos ativos por no mínimo 45 minutos por dia teve menores índices de inflamação do organismo. Consequentemente, os voluntários ativos tiveram risco mais baixo de infarto, diabetes tipo 2 e câncer.
O estudo mostrou que quem caminhava, andava de bicicleta ou até mesmo remava para chegar ao trabalho tinha níveis menores de proteína C-reativa, um marcador de processos inflamatórios no organismo.
Essas inflamações de baixo grau não são graves o bastante para gerar sintomas clássicos, como febre, fadiga e vermelhidão, mas ao longo do tempo acabam debilitando o organismo e aumentando as chances de ter algumas doenças.
Pesquisa observou décadas de caminhadas
O estudo examinou a ligação entre hábitos de deslocamento e os níveis de inflamação em 6 mil trabalhadores de meia-idade em avaliações que foram repetidas em 1997, 2002, 2007 e 2012.
As principais conclusões do estudo sugerem que os adultos que caminhavam ou andavam de bicicleta para o trabalho durante pelo menos 45 minutos ao dia tinham níveis mais baixos de inflamação do que os que recorriam a transportes motorizados.
Mesmo entre pessoas com padrões parecidos de alimentação e atividade física (o que poderia alterar os resultados inflamatórios), foi observada melhor saúde entre aqueles que caminharam até o trabalho. A associação foi mais intensa em mulheres, mas foi necessário se deslocar ao menos quatro vezes na semana para sentir os efeitos.
“Nosso estudo sugere que estimular uma quantidade regular e elevada de deslocamento ativo, incentivando o ciclismo para o trabalho, por exemplo, pode levar à melhor saúde em nível populacional”, resume a médica Sara Allaouat, da Universidade do Leste da Finlândia, autora principal do estudo, em entrevista ao site da universidade.
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