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Caixão aberto de bebê indígena pode ter espalhado Covid-19 em aldeia

Após enterro não seguir regras de saúde sanitária, outras 12 pessoas da comunidade testaram positivo para coronavírus

atualizado

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O povo xavante da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso, está preocupado com a propagação do novo coronavírus na região. E o enterro de um bebê de apenas oito meses pode ter contribuído para o aumento dos casos.

No último dia 11/05, de acordo com a Operação Amazônia Nativa (Opan), o corpo da criança vítima de Covid-19 foi transferido para a aldeia em um caixão. Lá, os indígenas realizaram o funeral com o caixão aberto, o que contraria os procedimentos orientados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O povoado conta com cerca de 600 moradores e o velório pode ter provocado uma “transmissão descontrolada”, conforme afirma a Opan. Após o caso, outras 12 pessoas da comunidade testaram positivo para o novo coronavírus.

Os familiares da criança de 8 meses alegaram que não foram informados de que a morte havia sido por Covid-19. De acordo com a imprensa local, o laudo que atestava a doença ficou pronto apenas no dia 19/05, uma semana após a morte.

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