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“Caíam tufos no banho”, diz mulher com queda de cabelo pós-Covid-19

A bancária Tayane de Souza precisou fazer um tratamento para recuperar a autoestima após a infecção provocada pelo novo coronavírus

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Tayane Soares Marques de Souza queda de cabelo pós-covid
1 de 1 Tayane Soares Marques de Souza queda de cabelo pós-covid - Foto: null

Antes de ser diagnosticada com Covid-19, a queda de cabelos já fazia parte da vida de Tayane Soares Marques de Souza, 30 anos. Há cerca de um ano, a bancária deu início a um tratamento para a alopecia androgenética, condição relacionada a características hereditárias. Quando a infecção pelo coronavírus se confirmou, em setembro de 2020, o problema de Tayane se intensificou.

Ela conta que precisou de um mês para se recuperar da infecção. No início, sentiu os sintomas clássicos da Covid-19, como dor de cabeça, fadiga e perda do olfato e do paladar. Cerca de dois meses após o diagnóstico, observou que os cabelos voltaram a cair com uma intensidade maior do que a de antes do tratamento. “Eu pegava no meu cabelo e saíam muitos fios. Ia tomar banho e via os tufos”, conta.

Ao retomar o tratamento capilar, Tayane foi informada de que havia desenvolvido eflúvio telógeno, uma condição geralmente causada por experiências estressantes e que provoca o enfraquecimento temporário dos fios. Para amenizar o problema e desinflamar o couro cabeludo, ela foi tratada com óleos essenciais, ativos calmantes, luz infravermelha, laser, luz âmbar, vapor de ozônio e outros estímulos.

Hoje, já curada da Covid-19 e com os cabelos recuperados, ela está com a autoestima em dia. “Meu cabelo não cai quase nada, só a queda normal esperada”, comemora.

Valéria Prado, empresária e terapeuta capilar, é uma das profissionais que oferece tratamento para pacientes que tiveram perda capilar após Covid-19 em Brasília. Ela está à frente do Jazz, complexo de beleza, saúde e bem-estar, que conta com uma equipe de especialistas em tricologia.

Segundo ela, ex-pacientes de Covid-19 costumam apresentar afinamento dos fios e espaçamento entre um bulbo capilar e outro. “Isso quer dizer que, neste espaço que ficou, se perdeu muito cabelo”, explica. Em sua maioria, os pacientes começam a notar que os cabelos estão caindo três meses após serem infectados, mas também há relatos de queda um mês depois do resultado positivo.

Tratamento personalizado

De acordo com a especialista, o tratamento para casos como o de Tayane consiste em uma união de protocolos. Primeiro, é realizado uma análise do couro cabeludo e do fio, para identificar o que está causando a queda. Além do coronavírus, fatores como alopecia genética e doenças metabólicas podem ter este efeito indesejado.

“A Covid-19 está potencializando casos de alopecia já existentes e também há pessoas que passam a apresentar o problema depois de terem sido infectadas pelo coronavírus”, explica Valéria.

Por meio do tricoscópio, um aparelho que seria uma mistura de microscópio com ultrassom, os especialistas conseguem ter uma visão ampliada do couro cabeludo e do fio. Além de identificar se há alopecia, o aparelho realiza a contagem de folículos e permite o diagnóstico de problemas capilares como caspa, HPV capilar, lúpus, inflamações, dermatite seborreica, foliculite e psoríase.

“É muito importante checar o couro cabeludo, independentemente de queda, porque às vezes ele pode ter até feridas que a gente nem sente”, detalha Valéria.

Além da análise com o tricoscópio, o tratamento pode incluir aparelhos que emitem luz infravermelha, âmbar ou azul; microagulhamento; laserterapia; vapor de ozônio e vacuoterapia (aparelho que realiza uma sucção no couro cabeludo para estimular os bulbos capilares), entre outros.

Há também indicações de massagens com óleos essenciais, produtos 100% naturais e ativos que estimulam o fio a sair do bulbo.

São necessárias, de forma geral, 12 sessões para amenizar ou, em casos mais bem sucedidos, reverter a queda capilar. Cada uma custa, em média, R$ 250. “Atendemos mais de 400 clientes nos últimos três meses”, conta Valéria. “Todas tinham a demanda de queda de cabelo pós-Covid. Na segunda sessão, já é possível ver pausa na queda.”

Veja como o coronavírus ataca o corpo:

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