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Afinal de contas, café faz bem ou mal à saúde? Veja o que ciência sabe

Estudos mostram diferentes benefícios do consumo de café, mas também apontam consequências ruins relacionadas ao exagero

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Foto de pessoa colocando açúcar em xícara de café - Metrópoles - cafezinho
1 de 1 Foto de pessoa colocando açúcar em xícara de café - Metrópoles - cafezinho - Foto: Alto Astral/ Reprodução

Principal composto do café, a cafeína é responsável pela disposição que sentimos logo após beber uma xícara. Ela também melhora o raciocínio e o desempenho em atividades físicas. No entanto, também pode provocar um aumento repentino da pressão arterial.

Um estudo feito pela Associação Americana do Coração (AAC), que foi publicado em dezembro de 2022, mostra que pessoas com hipertensão, que bebem duas ou mais xícaras de café por dia podem duplicar o risco de morte por ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou outro tipo de doença cardiovascular.

Por outro lado, beber apenas uma xícara ou outras bebidas estimulantes – como o chá verde – não mostrou acrescentar riscos à saúde.

Controle do peso

Em relação ao controle de peso, uma das evidências mais robustas vem da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Em setembro deste ano, uma pesquisa realizada na instituição apontou que beber uma xícara a mais de café por dia, sem açúcar, ajuda no controle de peso a longo prazo.

Uma das hipóteses dos pesquisadores é de que o consumo de bebidas quentes e de poucas calorias aumenta a sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa coma menos ao longo do dia. Acrescentar um pouco de leite também é benéfico, uma vez que proteínas e gorduras potencializam a saciedade.

Outros estudos já sugeriram que a cafeína aumenta a taxa metabólica, fazendo com que o corpo queime gordura mais rapidamente.

xícara de café em fundo rosa
Uma xícara de 240 ml de café contém cerca de 100 mg de cafeína

Alzheimer e Parkinson

O café pode ter efeito protetor contra o Alzheimer, acreditam pesquisadores da Universidade de Verona, na Itália.

Em um estudo publicado em julho, no Journal of Agricultural and Food Chemistry, eles explicam que o extrato de café – com concentração de cafeína, genisteína, teobromina e trigonelina – é capaz de inibir o acúmulo da proteína tau no cérebro.

Outros trabalhos associaram o costume de beber café há um risco 60% menor de desenvolver a doença de Parkinson.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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 Diabetes e obesidade

Publicado na BMJ Medicine em março deste ano, um estudo recente mostrou que o consumo diário de café pode contribuir para a redução da gordura corporal e do risco de desenvolver diabetes tipo 2.

“A cafeína melhora o metabolismo das pessoas, embora isso não signifique que elas devam exagerar em bebidas com alto teor calórico com cafeína”, afirmou o professor Dipender Gill principal autor do estudo.

Café na gestação

A ingestão de café não representa apenas vantagens. Vários estudos já mostraram que o café não é uma boa opção para as gestantes. Isso porque circulando na corrente sanguínea, a cafeína pode atravessar a placenta e causar o aumento da frequência cardíaca do feto.

Também já foi mostrado que o consumo diário de cafeína pode atrapalhar o crescimento do feto e o desenvolvimento da altura da criança. O composto também pode aumentar o risco de um aborto espontâneo.

Ansiedade

Um relatório feito por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostrou recentemente que o consumo de cafeína pode causar ansiedade e levar a distúrbios do sono. O composto também antagoniza com os receptores de adenosina, o que pode aumentar o estado de psicose.

Afinal de contas, beber café faz bem ou mal?

O consenso é que o café oferece muitos benefícios à saúde desde que consumido de forma moderada. Em geral, adultos saudáveis podem consumir até 400 mg de cafeína por dia, o equivalente a quatro xícaras de 240 ml.

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