metropoles.com

Café pode contribuir para prevenção do Alzheimer, diz pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Verona, na Itália, apontam que o café possui substâncias capazes de prevenir a doença neurodegenerativa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Pexels
Na foto, uma xícara branca com café e leite - Metrópoles
1 de 1 Na foto, uma xícara branca com café e leite - Metrópoles - Foto: Pexels

Além de ser uma bebida energizante, o café pode contribuir para a prevenção do Alzheimer, de acordo com um estudo italiano. Segundo a pesquisa, publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry na última quarta-feira (19/7), a concentração do extrato da bebida é capaz inibir a agregação da proteína tau, associada ao desenvolvimento da doença.

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo. Ele começa quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começam a dar errado, o que gera fragmentos tóxicos dentro dos neurônios e no espaço entre eles.

A tau é uma das proteínas cujo processamento entra em falha. Logo, ela se concentra dentro dos neurônios e torna-se tóxica às funções do sistema nervoso. Cientistas acreditam que prevenir o Alzheimer passa por evitar a concentração da substância.

Os pesquisadores da Universidade de Verona, na Itália, passaram a buscar formas de evitar o acúmulo de tau e chegaram na composição do grão de café, que possui substâncias como cafeína, genisteína, teobromina e trigonelina.

A pesquisa, chefiada pela professora Mariapina D’Onofrio, utilizou doses de café expresso para entender melhor os componentes. As amostras das substâncias que fazem parte do café e o extrato completo da bebida foram incubados com uma porção de proteína tau por 40 horas a 37º.

8 imagens
Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
1 de 8

Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

PM Images/ Getty Images
2 de 8

Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Andrew Brookes/ Getty Images
3 de 8

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

Westend61/ Getty Images
4 de 8

Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

urbazon/ Getty Images
5 de 8

Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

OsakaWayne Studios/ Getty Images
6 de 8

Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

Kobus Louw/ Getty Images
7 de 8

Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

Rossella De Berti/ Getty Images
8 de 8

O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

Quando a concentração de extrato de café expresso, cafeína ou genisteína, aumentava, as fibrilas (agrupamentos da proteína tau), eram mais curtas e não se acumulavam. Verificou-se ainda que as proteínas encurtadas não eram tóxicas aos neurônios.

Em outra fase da pesquisa, foi observado que a cafeína e o extrato da bebida energética poderiam se ligar às fibrilas de tau pré-formadas e evitar que elas se juntassem — o quadro está relacionado ao desenvolvimento de doenças cognitivas.

Segundo a equipe de pesquisadores, mais estudos são necessários para determinar se de fato o café terá efeito na prevenção ao Alzheimer, mas as descobertas podem abrir caminho para encontrar ou projetar outros compostos bioativos contra doenças neurodegenerativas.

Qual a quantidade ideal de café?

Os pesquisadores estipularam uma quantidade de bebida energética para garantir que seus elementos ultrapassem a estrutura que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central e, assim, proteger os neurônios.

“Um consumo moderado de café expresso de 2 a 3 xícaras por dia (40 mL/xícara) fornece cerca de 250 mg de cafeína e 25 μg de genisteína, além de vários outros compostos bioativos. As substâncias podem atravessar a barreira hematoencefálica por meio de diferentes mecanismos e exercem efeitos neuroprotetores”, destaca o estudo.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?