Cães podem identificar pessoas estressadas pelo cheiro, diz estudo
Além das feições, animais conseguem identificar as mudanças químicas das pessoas também através do odor, de acordo com pesquisa irlandesa
atualizado
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Você já teve a sensação de que o seu animal de estimação estava pronto para te confortar em uma situação difícil? Um novo estudo feito na Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte, mostra evidências de que os cachorros são capazes de identificar quando uma pessoa está estressada apenas pelo cheiro do seu suor e hálito.
A sensibilidade do olfato dos cachorros é conhecida de longa data. Há anos ela contribui com o rastreamento de drogas, explosivos e outras alterações corporais que indicam doenças como diabetes, câncer e Covid-19, mais recentemente. Os pesquisadores acreditam que as descobertas podem ajudar no treinamento de cães terapeutas.
“As descobertas mostram que nós, como seres humanos, produzimos cheiros diferentes através do suor e da respiração quando estamos estressados e os cães podem distinguir isso – mesmo que seja alguém que eles não conhecem”, escreveu a autora do estudo, a estudante de doutorado Clara Wilson, no artigo publicado na revista científica Plos One, nessa quarta-feira (28/9).
A pesquisa
Quatro filhotes foram treinados com o consentimento de seus tutores para o estudo. Treo, Fingal, Soot e Winnie foram expostos aos odores do hálito e de fluidos corporais retirados de 36 pessoas estressadas e relaxadas. Os participantes deveriam informar seu nível de estresse antes e depois de realizar um problema de matemática difícil. Eles também tiveram a pressão arterial e a frequência cardíaca medidas.
As amostras dos odores foram colocadas em frascos separados. Os pesquisadores queriam entender se os cachorros são capazes de detectar estados psicológicos alterados de seus tutores, detectando mudanças químicas através do cheiro, e não apenas pelas feições.
Os cães conseguiram identificar os recipientes com material de pessoas estressadas com uma precisão de 93,75% entre os 700 testes realizados. Os pesquisadores concluíram que os animais foram capazes de perceber os odores associado a compostos orgânicos produzidos por humanos em situações de estresse.
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