Brasileiros tentam criar vacina contra coronavírus e influenza
Pesquisadores da Fiocruz Minas esperam ter a imunização pronta em dois anos, mas poucas informações sobre o Sars-CoV-2 dificultam a produção
atualizado
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Um projeto desenvolvido pelo Grupo de Imunologia de Doenças Virais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está tentando criar uma vacina bivalente contra o coronavírus e a influenza.
A ideia é que, com apenas uma picada, o paciente crie imunidade contra os dois vírus: são usados micro-organismos atenuados que não são capazes de infectar.
A vacina vai começar a ser testada em células de laboratório e em camundongos antes de serem experimentadas em humanos. Os pesquisadores estimam que todo o processo demore cerca de dois anos.
A maior dificuldade encontrada até agora é que o Sars-CoV-2 é um vírus completamente novo e, por isso, ainda não se tem toda a informação de como ele funciona.
“Se tudo der certo, a vacina bivalente pode ser até mais barata do que uma vacina exclusiva para a Covid-19”, explica o pesquisador Alexandre Machado, em entrevista à revista Galileu. O grupo pretende distribuir a imunização pelo Sistema Único de Saúde (SUS).