Brasileiros mantêm gastos com a saúde apesar da crise econômica
Levantamento divulgado pelo IBGE mostra que, ao contrário de outros setores, o mercado de saúde continua crescendo
atualizado
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Os gastos com a saúde, seja na compra de medicamentos ou no pagamento de planos e serviços, continuam significativos no bolso dos brasileiros. Mesmo em época de crise, onde as despesas em alguns setores caem, a soma de todos os bens e serviços na área de saúde alcançou R$ 608 bilhões em 2017, o que representa 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De 2010 a 2017, os gastos com a saúde aumentaram de 8% para 9,2%. Segundo o IBGE, mais da metade dessas despesas foram gastos de consumo das famílias e instituições sem fins lucrativos que prestam atendimento à população, o que corresponde a R$ 354,6 bilhões (5,4% do PIB). Já o governo gastou R$ 253,7 bilhões (3,9%). As despesas per capita das famílias brasileiras foram de R$ 1.714,6, 39,7% a mais do que a do governo que gastou R$ 1.226,8.
“A saúde é um serviço essencial. Se a pessoa depende de um medicamento, ela não vai deixar de comprá-lo imediatamente por causa de uma dificuldade financeira. Ela remaneja recursos para continuar tomando o remédio”, apontou a técnica de Contas Nacionais do IBGE, Tassia Holguin.
A maior despesa do brasileiros com saúde é com os planos de assistência privada e consultas médicas eletivas, juntos eles representam 2/3 dos gastos. Em 2017, esse número chegou a R$ 231 bilhões. Já com medicamentos, os gastos foram de R$ 103, 5 bilhões.