Brasileiros conseguem parar infecção pelo vírus da zika em ratos
Medicamento experimental conseguiu bloquear a ação do micro-organismo e evitar danos no cérebro de fetos com a doença
atualizado
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Uma equipe de pesquisadores brasileiros, argentinos e americanos encontrou um medicamento capaz de parar a ação do vírus da zika em camundongos e evitar danos no cérebro de fetos com a doença. O estudo com a droga experimental foi publicado nesta segunda (20/7), na revista científica Nature Neuroscience.
O remédio, feito com uma substância apelidada de HP163 inibe um receptor ativado pelo vírus chamado AHR, que limita a resposta imunológica do paciente.
Ratos grávidos também foram infectados pelo vírus, e o medicamento protegeu os fetos de danos cerebrais — em humanos, a zika é responsável por microcefalia em filhos de mães que ficaram doentes durante a gravidez. Houve remissão total do vírus na placenta, e os ratinhos nasceram saudáveis.
Os próximos passos da pesquisa envolvem testes em macacos, e, em seguida, estudos clínicos para verificar a segurança e eficácia em humanos.