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Brasileiro é 1º do mundo a usar terapia inovadora contra o câncer

O cineasta Sebastião Dias Braga Neto, de 37 anos, será o primeiro paciente no mundo a testar o tratamento CAR-T Cell Triplo

atualizado

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O cineasta e produtor audiovisual brasileiro Sebastião Dias Braga Neto, de 37 anos, será o primeiro paciente no mundo a receber o tratamento CAR-T Cell Triplo contra o câncer. O método, cujos testes estão sendo iniciados agora nos Estados Unidos, é uma evolução das terapias CAR-T Cell, apontadas como uma revolução no combate ao câncer por usarem células do próprio paciente geneticamente modificadas para combater tumores.

Em entrevista ao jonal O Globo, Sebastião revelou que foi diagnosticado com leucemia, câncer que afeta os glóbulos brancos, no início da pandemia, após investigar dores nas pernas. O caso dele é de leucemia mieloide crônica (LMC), que se caracteriza pela multiplicação anormal de glóbulos brancos devido a uma alteração no DNA das células da medula óssea.

Para tratar o problema, ele iniciou sessões de quimioterapia. A opção não funcionou após sete meses e ele precisou recorrer a um transplante de medula óssea. Um ano após o procedimento, o cineasta viu o câncer retornar mais forte como uma leucemia linfoide aguda (LLA). Sebastião se viu sem opções de tratamento, até que uma amiga o colocou em contato com o pesquisador Vanderson Rocha, do Hospital das Clínicas de São Paulo. O médico o colocou em contato com o colega Marcos de Lima, que está nos Estados Unidos, e buscava voluntários para um novo estudo.

Sebastião Dias se inscreveu, então, para ser voluntário na pesquisa chefiada por Lima, no hospital da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, e foi aceito.

 

Tratamento

O método usado em Sebastião consiste em pegar as células brancas, que têm como função a defesa do corpo, e alterá-las geneticamente para que respondam a uma necessidade maior, deixando-as mais fortes. Ao serem reintroduzidas nele, o objetivo é que trabalhem na eliminação das células defeituosas. A técnica é individualizada, pois cada paciente tem suas células modificadas de acordo com o tipo de problema que precisa combater.

Sebastião já recebeu 40% das células depois de um procedimento realizado em 12 de julho e deve receber o restante em uma segunda dose na próxima semana. Ele apresentou febre, que é uma reação esperada. A expectativa é que dentro de um mês o câncer apresente remissão.

Um dos problemas desta opção é o custo. Somente a produção das células fortalecidas gira em torno dos R$ 2 milhões. Todo o procedimento pode chegar em R$ 8 milhões. Como o brasileiro é voluntário no método, não precisa pagar pelos procedimentos. O alto custo é explicado pelo fato de poucas empresas estarem autorizadas a manipularem as células usadas no procedimento.

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