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Brasil tem primeiro caso de coronavírus: o que acontece agora?

País entra em nova etapa: será necessário reforçar a identificação dos casos e colocar em prática medidas de bloqueio para pacientes

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Ada Yokota/Getty Images
ilustração de pessoas com máscara no rosto, coronavírus
1 de 1 ilustração de pessoas com máscara no rosto, coronavírus - Foto: Ada Yokota/Getty Images

O Brasil despertou do Carnaval com a notícia de que há um caso de coronavírus confirmado em território nacional. O paciente é um morador de São Paulo, de 61 anos, que esteve no norte da Itália entre 9 e 21 de fevereiro. Ele apresenta sinais brandos da doença, como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza, e está em isolamento doméstico.

O registro do vírus em território nacional e a existência de transmissão sustentável em países europeus empurram o país para uma próxima etapa de enfrentamento ao novo coronavírus: será necessário reforçar a identificação dos casos e colocar em prática medidas de quarentena para os pacientes identificados.

“O fluxo de brasileiros para os países da Europa é muito grande, portanto os casos irão aumentar a partir de agora”, alerta o infectologista Alberto Chebabo, diretor do Hospital da UFRJ e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. “É  importante que a vigilância epidemiológica funcione bem ara identificação e bloqueio”, completa.

As medidas de prevenção básicas também precisam se incorporadas ao cotidiano das pessoas e, ao contrário do que se pensa, o mais importante não é o uso de máscaras, mas sim a higienização das mãos.

No entanto, os infectologistas não adotam tom alarmista. “O registro de casos no Brasil era esperado e isso não significa que estamos diante de uma praga fatal. Temos experiência para lidar com doenças contagiosas”, tranquiliza o infectologista David Urbaez, da rede Exame-Dasa.

A população precisa usar máscaras?
Não há indicação por parte do Ministério da Saúde quanto à necessidade do uso de máscaras pela população, uma vez que não há comprovação de que o vírus esteja circulando no país, apesar do caso confirmado. Por enquanto, apenas profissionais de saúde e funcionários de aeroportos receberam a orientação do uso de equipamentos de proteção individual.

Quem tem viagem marcada para a Europa nos próximos dias deve desmarcar?
“No começo da crise, a preocupação era com empresários que fazem negócios na China. Agora, passou a ser com pessoas que viajam à turismo, a Europa é um destino turístico muito intenso. Vale a regra do bom senso: se a viagem não for necessária, para que programar? Vamos esperar para ver como a doença se comporta. Mas não podemos parar a vida porque existe uma síndrome respiratória”, afirmou o ministro Luiz Henrique Mandetta, durante a coletiva de quarta-feira (27/02).

O infectologista David Urbaez, da rede Exame-Dasa, recomenda que, se a viagem for para uma das regiões onde há transmissão sustentável, o ideal é adiar. “No caso da Itália, o mais adequado é esperar pelo menos um mês para avaliar como o vírus vai se comportar. Além do risco de contraí-lo, há o inconveniente de atrações turísticas como museus e teatros estarem fechados.

Quais países estão no alerta do Ministério da Saúde?
Além da China, o Brasil colocou, na semana passada, no mesmo rol de alerta casos de passageiros vindos do Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja. Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália e Malásia foram inclusos na segunda-feira (24/02/2020).

Como se prevenir

  • Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

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