“Brasil tem capacidade de reduzir a transmissão da Covid”, afirma Opas
Entidade atualizou a situação da pandemia nas Américas, chamando atenção para o nível elevado de contaminação pelo coronavírus na região
atualizado
Compartilhar notícia
Autoridades da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgaram nesta quarta-feira (7/7) a atualização do quadro de disseminação e óbitos pela Covid-19 no continente americano. De acordo com Carissa Etienne, diretora da Opas, as Américas registraram 1,1 milhão de novos casos na semana passada, o que representa uma queda em relação à semana anterior.
Quanto ao número de vítimas do vírus, a diretora alertou: “Embora a mortalidade também tenha sido reduzida, nossa região ainda relata mais da metade das mortes registradas a nível global”.
“É um sinal claro de que o número de vítimas da pandemia nas Américas continua a devastar famílias e comunidades, embora parte de nossa região esteja passando por algum alívio”, destacou Etienne, logo no início de sua apresentação em coletiva de imprensa ao vivo, transmitida online.
Situação brasileira
Sylvain Aldighieri, gerente de Incidentes da Opas, lembrou da capacidade do Brasil na vacinação em massa e cobrou do país medidas rígidas para controlar a transmissão do coronavírus e “poupar vidas”.
“O Brasil está há 15 meses numa situação de emergência, com redução no número de casos e mortes apenas nas últimas semanas, mas ainda com nível elevado de transmissão”, disse. O dirigente lembrou que o país ultrapassou a marca de meio milhão de mortos pela doença e mantém média móvel de mortes diárias na casa dos 1,5 mil.
“O Brasil tem capacidade e condições de reduzir a transmissão da Covid-19, proteger os mais vulneráveis e poupar vidas. O país é conhecido pela sua grande capacidade de vacinação no âmbito do SUS e já administrou milhões de doses da vacina contra a Covid, sendo 1,5 milhão nas últimas 24 horas”, valorizou, dizendo ainda que a Opas trabalha com o país em vários níveis para buscar soluções contra o vírus.
A diretora chamou atenção para a redução de novas contaminações nas últimas duas semanas nos países do Cone Sul, que são Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, mas afirma que algumas nações ainda amargam índice elevado de novos casos, com destaque para Brasil, Colômbia e Equador.
Tendência de queda na região
A América do Norte também assiste a uma tendência de queda geral nos índices da pandemia, mas ainda há áreas onde a transmissão aumenta, como em cidades do México e Canadá. A América Central continua em ritmo de aumento dos casos de infecção, com destaque para países como El Salvador, Honduras e Panamá.
Estratégia central para o controle da pandemia, o progresso da vacinação foi comemorado, mas o imunizante não está chegando para todos, segundo Etienne. “Uma em cada quatro pessoas da nossa região foi totalmente imunizada e mais de 600 milhões de doses de vacinas foram administradas no continente. Porém, mais da metade dessas doses foi aplicada em um único país, nos Estados Unidos”, ponderou a diretora da Opas.
“Quando muitos ficam para trás, todos somos afetados. Milhões de pessoas na América Latina ainda não sabem quando serão vacinadas“, reforçou.
Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano: