Covid-19: Pazuello diz que cabe ao Ministério da Saúde planejar vacinação no país
Após reunião com governadores, na qual trocou farpas com Doria, ministro disse que país já garantiu 300 milhões de doses da vacina
atualizado
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Depois de encontro com governadores, em que trocou farpas com João Doria (PSDB-SP), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, na tarde desta terça-feira (8/12), que o país tem contratos de aquisição para o fornecimento de mais de 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, mas os acertos só serão finalizados quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceder o registro dos medicamentos. Sem citar o nome de nenhum gestor, disse também que cabe à pasta planejar a imunização.
“O brasileiro precisa de uma vacina eficaz, segura, e compete ao Ministério da Saúde realizar o planejamento e a vacinação em todo o país. Não podemos dividir o Brasil neste momento tão difícil”, afirmou Pazuello.
De acordo com ele, são 100 milhões de doses da vacina de Oxford a serem produzidas pela Fiocruz no primeiro semestre e, a partir do acesso ao insumo farmacológico e com a transferência da tecnologia, mais 160 milhões de unidades serão fabricadas no segundo semestre.
Além disso, outros 42 milhões de imunizantes virão do consórcio internacional Covax Facility, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), e mais 70 milhões foram “garantidas”, conforme o ministro, com a Pfizer.
“Ressalto que qualquer vacina vai precisar comprovar eficácia, segurança e ter registro na Anvisa para ser aplicada. Não abrimos mão disso. Qualquer vacina que tenha registro será alvo de contratação do governo federal. Continuamos fiéis a todos os memorandos assinados”, disse Pazuello.
Ele afirmou ainda que a imunização estará disponível para todos os brasileiros que a desejarem, e que o processo está sendo feito de acordo com “ritos científicos” e seguindo os protocolos da Anvisa. “Qualquer descumprimento pode colocar em risco a saúde da população. Tenho milhões de brasileiros sob minha responsabilidade”, declarou.
Pazuello também falou que os desafios são grandes, mas não devem provocar desânimo. “Erguer a cabeça, dar a volta por cima, é o padrão brasileiro. É diante de uma crise que criamos opções para avançar e precisamos acreditar que podemos vencer, ter fé. O Brasil é uma só nação, temos que ter em mente que somente juntos, unidos, e seguindo as linhas científicas, alcançaremos a vitória”, concluiu.