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Brasil investiga 1º caso de fungo fatal super-resistente a medicamentos

Anvisa emitiu alerta sobre paciente da Bahia que, provavelmente, foi infectado pelo Candida auris

atualizado

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Rodolfo Parulan Jr/GettyImages
Mucoid colonies of the pathogenic multi-drug resistant Klebsiella pneumoniae on CLED agar plate. This particular strain of coliform bacteria isolated in the laboratory is positive for both the ESBL and Carbapenemase gene.
1 de 1 Mucoid colonies of the pathogenic multi-drug resistant Klebsiella pneumoniae on CLED agar plate. This particular strain of coliform bacteria isolated in the laboratory is positive for both the ESBL and Carbapenemase gene. - Foto: Rodolfo Parulan Jr/GettyImages

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta, nesta segunda-feira (7/12), sobre um possível caso de paciente com Candida auris, identificado em hospital da Bahia. O fungo é um dos mais temidos do mundo, por ser super-resistente a medicamentos e levar à morte de 30% a 60% dos infectados.

O fungo foi encontrado em amostra de “ponta de cateter” de um paciente internado em UTI. A matéria recolhida já passou por testes no Laboratório Central da Bahia e no Laboratório do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Serão realizadas, ainda, análises fenotípicas e por sequenciamento genético, antes do caso ser oficialmente confirmado.

Identificou-se o C. auris, pela primeira vez, no ouvido de um paciente no Japão, em 2009. De lá para cá, vários países tiveram casos confirmados: a Venezuela precisou lidar com um surto do fungo em 2012 e 2013, a Inglaterra, em 2015, e a Colômbia, em 2016.

Um dos principais desafios é detectar o fungo corretamente, já que a maioria dos laboratórios de referência do país não tem capacidade para identificar o C. auris. A recomendação da Anvisa é que os serviços de saúde reforcem a vigilância laboratorial, para evitar surtos do fungo.

Este micro-organismo é muito confundido com o fungo responsável pela candidíase comum, mas não reage aos medicamentos usuais, nem aos desinfetantes e detergentes utilizados com mais frequência em hospitais. A Anvisa ainda não sabe ao certo como o C. auris é transmitido, mas há indícios de que a contaminação aconteça por contato em superfícies ou de pessoa para pessoa.

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