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Brasil está na 2ª onda e vírus ganha força no Sul e Sudeste, diz OMS

Diretores da entidade afirmam que dados do Butantan sobre a Coronavac são boas notícias, mas que o crescimento de casos de Covid-19 preocupa

atualizado

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OMS/Reprodução
Mike Ryan na OMS
1 de 1 Mike Ryan na OMS - Foto: OMS/Reprodução

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (8/1), a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou estar observando os dados do Brasil com “muito cuidado”. Mariangela Simão, vice-diretora-geral da entidade, disse ainda que os dados do Butantan sobre a Coronavac são uma “boa notícia”.

“O vírus está evoluindo de forma diferente em áreas diferentes. Estamos acompanhando conforme se desenvolve, mas percebemos alta principalmente no Sul e Sudeste”, explica.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, lembra que o sistema de saúde continua dando conta da demanda, mas o Brasil está, como outros países, em uma situação de “segunda onda”.

Maria Van Kerkhove, infectologista responsável pela resposta da entidade à pandemia, “não falando do Brasil em específico”, afirmou que é preciso deixar os dados epidemiológicos guiarem a resposta dos países.

“É importante lembrar, enquanto vemos casos subindo e descendo em vários locais, que as decisões precisam ser tomadas com as informações dos menores níveis. Pequenas fagulhas podem virar uma fogueira, e evoluir para um incêndio. Essa é uma boa analogia para o coronavírus. E nós temos as ferramentas para evitar que o fogo se espalhe”, explica a infectologista.

Vacinas

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez uma reclamação sobre os países ricos que compraram mais doses do que precisam e que estão usando a iniciativa Covax para fazer acordos bilaterais com as farmacêuticas responsáveis pelos imunizantes contra a Covid-19.

Ele diz que países que tiverem sobra de doses podem entregá-las à Covax, para que sejam distribuídas entre países que não têm condição de adquirir as vacinas no momento.

O diretor-geral lembra ainda que, mesmo com a vacina, a população não deve ser complacente com os cuidados. “Nenhum de nós é excepcional. Se você não acha que seria contaminado e não segue as recomendações, outras pessoas vão imitar este comportamento. Dessa forma, o sistema de saúde vai acabar sendo pressionado”, disse.

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