“Bolsonaro não impôs uso da cloroquina”, garante Mandetta
Em coletiva nesta quarta (08/04), ministro da Saúde disse que presidente entende necessidade de pesquisa científica para adoção do remédio
atualizado
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, na tarde desta quarta-feira (08/04), que o presidente Jair Bolsonaro não fez nenhum “colocamento de imposição” sobre o uso da cloroquina para tratar a infecção pelo coronavírus. O chefe do Executivo e o ministro vinham discordando publicamente a respeito do uso do medicamento nos últimos dias.
“Ele defende que nós possamos garantir o medicamento que o paciente precisa, mas entende, também, que precisamos esperar os conselhos analisarem os estudos”, disse Mandetta. “Aqui tá tudo bem. Quem comanda esse time aqui é o presidente Jair Messias Bolsonaro”, afirmou.
A declaração foi feita durante apresentação do mais recente boletim epidemiológico da Covid-19 no país. Segundo ele, o Brasil tem 800 mortes e 15.927 casos confirmados.
[/relatedpostsO ministro voltou a afirmar que o Ministério da Saúde irá aguardar resultados de exames clínicos, realizados dentro de protocolos científicos, para recomendar o uso da cloroquina em pacientes leves. O medicamento já está autorizado pelo Ministério da Saúde para ser usado em casos críticos e graves.
São Paulo
Mais cedo, nesta quarta, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o coordenador do comitê sobre a doença no estado, médico David Uip, disseram que recomendaram a Mandetta a distribuição da cloroquina na rede pública do país, desde que haja receita médica e autorização do paciente.
Durante a coletiva do Ministério da Saúde, Mandetta afirmou que a cloroquina não tem “paternidade” e que não é necessário “politizar” o assunto. “O governador não precisa politizar esse assunto, ele está devidamente colocado e precisamos que todos tenham maturidade, foco, disciplina para que a gente possa atravessar este momento. O presidente não fez, em nenhum momento, qualquer imposição. Ele também entende situações que a gente coloca que podem ser complexas”, disse.