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Black Friday: saiba sinais de que o ato de comprar virou compulsão

Psicóloga explica que o dia da megapromoção pode funcionar como uma permissão para aqueles que compram excessivamente

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1 de 1 Black Friday – Metrópoles - Foto: Burak Karademir/Getty Images

A Black Friday – data fixada na última sexta-feira de novembro, quando há uma megapromoção nas lojas – pode ser uma armadilha para pessoas que sofrem de oniomania. A condição é caracterizada pelo comprar compulsivo, e pode colocar as pessoas em um espiral de ansiedade e depressão.

Enquanto muitos consumidores aguardam ansiosamente pelas megapromoções, as pessoas com diagnóstico oniomania têm que lidar com o desafio de resistir ao impulso de gastar dinheiro em excesso, sem precisar, e até sem ter condições de arcar com as despesas.

A psicóloga Ana Streit, mestre em psicologia e saúde, explica que a compulsão por compras tem relação com um autoalívio, sentimento que tem grande poder sobre o paciente.

“O ato de comprar compulsivamente funciona como válvula de escape para sentimentos e emoções. Esse comportamento vira doença quando se torna crônico e repetitivo e passa a causar algum dano a pessoa, seja social, financeiro ou emocional”, orienta a especialista.

A psicóloga explica que a Black Friday favorece uma ilusão. Os descontos acabam tirando um pouco o peso da compra para as pessoas que sofrem com o padrão da compra compulsiva e serve como uma permissão para o ato. Mas, o comprar compulsivo é um problema maior que continua mesmo após esse período.

Sinais e sintomas dos compradores compulsivos

A especialista ressalta que há alguns sinais e sintomas que podem indicar quem desenvolveu a oniomania. Segundo ela, descontrole financeiro, compra de produtos que não são necessários ou esconder as compras das pessoas com quem se convive são sinais de alerta.

“Todos nós gostamos de comprar algo que nos dê prazer, mas para os que sofrem de oniomania, a aquisição de novos produtos traz um alívio intenso. Só que o prazer logo é substituído por um sentimento de culpa e angústia, principalmente quando a pessoa se dá conta de que não consegue pagar o que comprou”, diz.

Como tratar a compulsão por compras?

O tratamento alia psicologia e psiquiatria, uma vez que as compulsões geralmente estão ligadas a outros transtornos mentais como ansiedade ou depressão e mesmo transtornos de personalidade. Ana pontua que em alguns casos é necessário o uso de medicação. “O primeiro passo para lidar com o comprar compulsivo é reconhecer que há um problema e, a partir daí, procurar ajuda profissional”, comenta.

De qualquer forma, se você é uma pessoa que não tem compulsão, mas que gostaria de estratégias para lidar com a pressão que vem com a Black Friday, a psicóloga faz algumas orientações: elabore uma lista de quais produtos você precisa, defina um orçamento para gastar na Black Friday, estabeleça limites de gastos no total para o dia ou o mês.

“Com atenção redobrada e um plano sólido, é possível aproveitar as promoções sem ceder aos gatilhos que desencadeiam o impulso de compra”, finaliza Ana.

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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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