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Bexiga caída: saiba o que é, quais são os sintomas e tratamentos

Causada pelo enfraquecimento da musculatura interna do corpo, o prolapso genital costuma afetar mulheres mais velhas

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Mulher com as duas mãos em frente ao órgão sexual
1 de 1 Mulher com as duas mãos em frente ao órgão sexual - Foto: Reprodução/ FreePik

Conforme a idade avança, o corpo humano passa por um processo natural de perda de musculatura e uma das consequências pode ser o prolapso genital, também conhecido como bexiga caída. A condição médica é caracterizada pelo enfraquecimento dos músculos da pelve e a perda da capacidade de sustentar os órgãos localizados nessa região.

O problema acomete principalmente mulheres e, nos casos mais avançados, órgãos como útero, bexiga e reto acabam se descolando e podem escapar pela vagina ou ânus. Quando não recebem o diagnóstico correto ou não fazem tratamento, as pacientes sofrem com desconforto para sentar, durante as relações sexuais e ficam mais suscetíveis a infecções urinárias.

“O problema é sério e pode levar os órgãos internos a saírem pelo canal vaginal. As pacientes devem cuidar aos primeiros sinais para que o quadro não evolua tanto”, explica a fisioterapeuta Priscila Pschiski, proprietária da Clínica Pelvic Funcional, especializada no fortalecimento do assoalho pélvico.

Fatores de risco

O assoalho pélvico feminino é mais flexível do que o dos homens para propiciar o parto natural. O prolapso genital pode acontecer depois de várias gestações ou de um parto vaginal.

Alterações hormonais, obesidade, levantar pesos excessivos, tosse crônica e até mesmo fazer força para evacuar também podem resultar na bexiga caída devido ao aumento da pressão interna no abdômen, forçando os ligamentos e o assoalho pélvico.

Sintomas

O prolapso genital é classificado por grau. No grau 1, as pacientes percebem o aumento do corrimento vaginal e 1 interrupção do xixi. No grau 2, elas sofrem de incontinência urinária e sentem dor para urinar, devido ao rebaixamento da bexiga ou útero, que começa a comprimir o assoalho pélvico.

Outros sintomas comuns são: dor que piora ao fazer exercícios, dor na base das costas, sangramento vaginal, dores ao ter relações sexuais e intestino preso ou diarreia.

No grau 3, elas têm a sensação de peso na vagina, como se uma bola as puxasse para baixo. A partir desta fase é possível visualizar os órgãos pelo canal vaginal. No último e mais avançado grau os órgãos “escorrem” pela vagina ou ânus.

Tratamento

Nos estágios iniciais, a condição pode ser tratada com fisioterapia pélvica para a restauração da estrutura local, mas as pacientes também devem aprender a usar a força do abdômen para evitar a pressão interna. Nos casos mais sérios, pode ser recomendado que a paciente passe por uma cirurgia para recolocar os órgãos em devido lugar.

Prevenção

O fortalecimento da região pélvica é a principal estratégia para prevenir o prolapso genital. Aliado a isso, é recomendado evitar a pressão interna dos órgãos provocada pelo ganho brusco de peso, excesso de peso ou sobrecarga de exercícios excessivos. Uma estratégia interessante é aprender técnicas de respiração e usar a musculatura do abdômen de forma saudável.

“Não adianta só fortalecer o assoalho pélvico. É importante saber usar a força do abdômen de forma correta para evitar o excesso de pressão abdominal”, explica Priscila.

A fisioterapeuta recomenda um método que ela batizou como 5 C’s, que incluem consciência corporal, controle do diafragma, contração correta do músculo transverso do abdômen, contração do assoalho pélvico e condicionamento físico.

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