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Páscoa: nutricionistas apontam benefícios do chocolate amargo

Estudos diversos apontam os benefícios do consumo de cacau, principal ingrediente do chocolate, para a saúde do coração e do cérebro

atualizado

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1 de 1 barras de chocolate - Foto: Getty Images

A Páscoa está chegando e a procura por ovos de chocolate ao leite, amargo ou branco aumenta nesta época do ano. Estudos diversos apontam os benefícios do consumo de cacau, principalmente relacionados à saúde cardiovascular.

O chocolate meio amargo, a partir de 70% cacau, possui gorduras saudáveis com baixo teor de açúcar. A ingestão proporciona saciedade, além de melhorar a saúde digestiva, reduzir os riscos de doenças crônicas e diminuir o estresse

A nutricionista Maria Olivia Araújo, da Leve Clinic, explica que os chocolates amargos são ricos em flavonoides, compostos bioativos que desempenham papel antioxidante no corpo. “Eles ajudam o organismo a funcionar melhor e a regular os hormônios, deixando os indivíduos mais satisfeitos”.

A nutricionista Alexandra Corrêa de Freitas, professora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, aponta que o consumo moderado do chocolate aumenta o óxido nítrico do corpo, reduzindo a pressão arterial e aumentando o fluxo vascular.

“O cacau proporciona muitos benefícios à saúde pois tem propriedades antioxidantes. Além dos benefícios para a saúde do coração, o consumo moderado de chocolate melhora cognição, aprendizagem e memória. Também traz sensação de bem-estar, devido as ações de hormônios como endorfina e dopamina, que são produzidos com o consumo”, explica Alexandra.

A quantidade máxima de chocolate amargo recomendada por dia é de 20 a 30 gramas, ou seja, dois quadradinhos. “A quantidade exata dependerá de cada indivíduo, de acordo com o metabolismo e o planejamento alimentar. No entanto, dois quadradinhos são uma boa quantidade”, aponta Maria Olivia. 

Como evitar a compulsão

Os especialistas alertam que o consumo excessivo de chocolate pode anular os benefícios para a saúde e, quando recorrente, contribui para síndrome metabólica, diabetes, colesterol alto e triglicérides alto. 

A especialista em nutrição ortomolecular Fernanda Coimbra , da Clínica Tivolly, aconselha que o indivíduo recorra a alguns truques para não exagerar no consumo. “Quando for comer, feche os olhos e imagine que está ingerindo grandes quantidades de chocolate. Em seguida, você mastigar e engole os “pedacinhos”. Esse exercício vai lhe proporcionar saciedade, porque o cérebro entenderá que já estava comendo antes”. 

Se você é uma pessoa que não se satisfaz com as quantidades indicadas, é importante se manter hidratado para diminuir a vontade de comer. Fernanda também recomenda um acompanhamento multidisciplinar para identificar os gatilhos e tratar a compulsão por chocolate. “É imprescindível encontrar o equilíbrio de uma vida saudável e reduzir o consumo excessivo de chocolate, que pode contribuir com a longevidade”, completa.

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