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Bélgica confirma 1º caso na Europa da nova variante do coronavírus

Paciente relatou primeiros sintomas gripais 11 dias após retornar de uma viagem ao Egito. Exames mostraram alta carga viral

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Foi identificado na Bélgica o primeiro caso europeu da nova variante do coronavírus, B.1.1.529, descoberta originalmente na África. A confirmação foi dada nesta sexta-feira (26/11), pelo virologista Marc Van Ranst, responsável pelo sequenciamento genético da cepa.

O laboratório de Marc Van Ranst trabalha em colaboração com o órgão de saúde pública da Bélgica.

O caso foi relacionado a uma mulher adulta, não vacinada, sem qualquer ligação com a África do Sul ou países da África Austral, onde a cepa tem maior circulação.

Ela desenvolveu os primeiros sintomas gripais na última segunda-feira (22/11), 11 dias após retornar de uma viagem para o Egito via Turquia, segundo contou o virologista no Twitter.

No momento do diagnóstico, a paciente apresentava carga viral elevada. Até então, nenhum de seus familiares desenvolveu sintomas.

Mutações podem tornar vírus mais agressivo

De acordo com os sequenciamentos genéticos realizados, a nova variante tem 32 mutações na proteína spike, parte do coronavírus que faz a ligação com as células para iniciar o ataque ao corpo humano.
Os cientistas acreditam que as mutações podem tornar o vírus potencialmente mais agressivo.

“A quantidade incrivelmente alta de mutações na superfície sugere que a variante pode ser uma preocupação real”, afirmou o virologista Tom Peacock, do Imperial College London.

Em entrevista ao The Guardian, o especialista recomendou que o comportamento da variante seja monitorado, o que significa intensificar a vigilância epidemiológica para impedir a disseminação da cepa.

O professor de microbiologia da Universidade de Cambridge, Ravi Gupta, afirmou que identificou duas mutações da nova cepa que podem possibilitar o escape da proteção oferecida pelas vacinas. “Parece certamente uma preocupação significativa”, afirmou o especialista ao jornal inglês.

No entanto, ele garante que uma propriedade-chave dos vírus é sua capacidade de transmissão, isso foi determinante no caso da variante Delta. No caso da B.1.1.529 , ainda não informações suficientes sobre o assunto.

Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano:

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