metropoles.com

Bebidas alcoólicas: quando há risco de intoxicação?

É comum que, ao se reconhecer bêbado, o indivíduo já tenha ingerido um volume extra de álcool que ainda não foi nem absorvido pelo corpo 

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
kazuend/Unsplash
Imagemn colorida de brinde cerveja - Metrópoles
1 de 1 Imagemn colorida de brinde cerveja - Metrópoles - Foto: kazuend/Unsplash

O Carnaval é uma festa de excessos e, entre todos os exageros incentivados, o consumo abusivo de álcool parece ser o campeão. O problema é que beber demais traz riscos imediatos à saúde e é difícil estabelecer o que seria uma quantidade segura de consumo da substância.

Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília, o médico psiquiatra Mauri Caldeira Reis explica que um “beber de baixo risco” não ultrapassa três doses de álcool por dia para homens e duas doses para mulheres. “Uma dose equivale a uma lata de cerveja, uma taça de vinho, ou uma dose de destilado”, aponta.

No entanto, mesmo esse limite é questionável, pois gestantes, pessoas não acostumadas com o consumo de bebidas ou que tenham alguma condição de saúde específica podem apresentar problemas mesmo respeitando esse patamar. “Pessoas que não estão habituadas a beber têm menos tolerância aos efeitos do álcool, até aqueles que bebem frequentemente têm um limite: excedê-lo pode levar ao coma e à morte” afirma.

O risco estaria justamente no intervalo de tempo entre a ingestão da bebida e a percepção pessoal sobre os efeitos do álcool no corpo. É comum que, ao se reconhecer excessivamente intoxicado e optar por parar de beber, o indivíduo já tenha ingerido um volume extra que ainda não foi absorvido pelo corpo.

Especialista em dependência química, Mauri Caldeira sugere que a pessoa evite chegar a estágios onde apresente dificuldade de articular a fala, piora na coordenação motora e instabilidade para caminhar. “São sinais de uma intoxicação significativa. Ao perceber isso, já passou da hora de parar”, afirma.

O psiquiatra Fábio Aurélio Costa Leite, que atende no Grupo Santa, alerta para os perigos de uma intoxicação alcoólica. “O alcoolismo não é o único problema relacionado ao consumo de bebidas. Durante uma intoxicação, a pessoa pode ter uma parada bronco respiratória ao aspirar o próprio vômito, pode iniciar um quadro de falência renal ou apresentar sangramento no intestino”, explica.

O médico também cita comportamentos de risco que são induzidos pelo álcool e colocam a saúde em perigo, como dirigir embriagado, transar sem preservativos ou adotar posturas violentas. “Apesar do incentivo para que se perca o controle durante o Carnaval, é necessário aprender a aproveitar a festa e isso passa por reconhecer os próprios limites”, sugere.

A cardiologista Edna Oliveira, do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), afirma que o uso abusivo de álcool tem um efeito ainda mais perigoso para pessoas que têm doenças cardíacas. “O consumo excessivo provoca o enrijecimento das artérias que distribuem o sangue pelo organismo. Quadros assim podem ocasionar um infarto ou até uma morte súbita”, explica.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?