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Bebeu cerveja Backer? Saiba quando é necessário ir ao hospital

Investigação indica que oito rótulos podem estar contaminados. Intoxicação por substância tóxica já é responsável por quatro mortes

atualizado

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belorizontina backer
1 de 1 belorizontina backer - Foto: Reprodução/Instagram

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), oito rótulos diferentes da Cervejaria Backer continham dietilenoglicol. A indústria mineira agora tem 21 lotes de cerveja contaminados com a substância que já matou quatro pessoas e provocou a hospitalização de outras 15.

As cervejas da marca são populares e vendidas em todo o Brasil. E você, tomou alguma delas nos últimos tempos?

Segundo o infectologista Leandro Machado, todas as pessoas que consumiram a cerveja podem desenvolver o quadro de intoxicação com insuficiência renal e lesões neurológicas mas, se não apareceram sintomas 72h após a ingestão da bebida, não há necessidade de correr para o hospital. “Pode avisar ao seu médico de confiança para que seja feito um monitoramento, mas não precisa ir à emergência”, afirma.

De acordo com o toxicologista Alvaro Pulchinelli Jr, em entrevista ao jornal O Globo, a gravidade do caso depende da quantidade da substância tóxica que a vítima foi exposta, do estado de saúde anterior e da capacidade de cada organismo de metabolizar a bebida contaminada.

Os sintomas iniciais são náuseas, vômito, dores abdominais que evoluem para insuficiência renal, assim como alterações neurológicas como borramento visual, paralisia facial, paralisia descendente e diminuição do campo visual.

São esses sinais neurológicos, além dos gastrointestinais, que diferenciam a intoxicação por conta do dietilenoglicol presente nas cervejas da Backer de uma intoxicação alimentar comum e, segundo Machado, a evolução rápida do quadro é um dos indícios para identificar o problema. Por isso, se aparecerem alguns desses sinais após a ingestão da bebida, a recomendação é procurar um hospital com urgência.

Há tratamento para a intoxicação, e ele é feito, curiosamente, com álcool etílico 100% diluído. O problema das primeiras mortes é que não se sabia exatamente qual era o agente causador, o que dificultou as opções de tratamento.

Se você tem a cerveja em casa, a indicação é que não descarte a bebida no lixo, mas a entregue às autoridades sanitárias. Residentes em Belo Horizonte devem deixar as garrafas nas administrações regionais da cidade. Bares e restaurantes que possuem a bebida em estoque devem entrar em contato com a empresa.

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