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Estudo: amamentação reduz mortalidade de bebês em 33% no primeiro ano

Pesquisa feita com dados de 10 milhões de bebês dos EUA faz um apelo à importância do aleitamento materno no primeiro ano de vida

atualizado

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Mãe amamenta bebê em foto em que não se vê o rosto de nenhum dos dois- Metrópoles
1 de 1 Mãe amamenta bebê em foto em que não se vê o rosto de nenhum dos dois- Metrópoles - Foto: Westend61/Getty Images

Os bebês que são amamentados correm 33% menos risco de morrer no primeiro ano de vida, em comparação aos demais. A informação vem de um estudo publicado nesta segunda (24/7) no American Journal of Preventive Medicine, com dados de aproximadamente 10 milhões de crianças nascidas nos Estados Unidos entre 2016 e 2018.

A descoberta dos pesquisadores da Cincinnati Children’s Center for Breastfeeding Medicine se baseia em pesquisas anteriores, que mostravam a associação da amamentação com bebês com uma saúde mais resistente e foram confirmadas com dados mais recentes.

O leite materno é um alimento completo para os bebês, com nutrientes que os protegem contra infecções respiratórias e reduzem o risco de uma série de doenças, como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento seja feito, pelo menos, até os 2 anos das crianças, sendo o leite o alimento exclusivo até os 6 meses de vida.

“Há evidências claras de que a amamentação confere um benefício protetor durante o primeiro ano de vida e está fortemente associada à redução da mortalidade infantil pós-perinatal nos EUA”, afirma a principal autora do estudo, Julie L. Ware, pesquisadora do centro médico.

O leite materno oferece uma proteção muito importante aos bebês

A cientista fez uma análise das certidões de nascimento dos bebês americanos nascidos entre 2016 e 2018 para entender se a amamentação estava relacionada à melhor expectativa de vida no pós-natal – período entre o sétimo e 364º dias após o parto –, levando em consideração fatores como a idade materna, escolaridade, etnia e os estados norte-americanos em que as famílias moravam.

O estudo contou com o apoio do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. Para Julie, a descoberta é uma oportunidade para incentivar a promoção de campanhas de aleitamento materno com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade infantil.

“Embora a amamentação seja amplamente recomendada, alguns ainda podem considerá-la de menor importância. Esperamos que nossas descobertas mudem a narrativa. O leite humano está repleto de moléculas protetoras e a amamentação oferece proteção significativa”, afirma a co-autora do estudo, Ardythe Morrow, pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati.

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