O estudo, publicado na última terça-feira (27/9), utilizou dados do projeto UK Biobank e analisou respostas de 450 mil questionários respondidos por adultos de 40 a 69 anos de idade entre 2006 e 2010. As perguntas eram sobre o estilo de vida dos voluntários, e poderiam revelar fatores de risco para doenças cardíacas.
Os participantes não tinham arritmia e outras doenças cardiovasculares no começo do estudo. Eles foram divididos em quatro grupos: aqueles que gostam de café moído com cafeína, os que preferem a bebida descafeinada, os que bebem café instantâneo com cafeína e os indivíduos que não tomam café.
O estudo estava focado nos benefícios para a saúde do café preto. Logo, não leva em conta os açúcares extras, leite, cremes e aditivos processados que muitas pessoas usam na bebida. Após 12 anos e meio de acompanhamento, os pesquisadores passaram a analisar os registros médicos e de óbitos em busca de casos de arritmia, doenças cardiovasculares, AVC e morte.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito
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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
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Conclusões
De acordo com o levantamento, beber uma dose diária de duas a três xícaras de café foi associado a uma redução de doenças cardíacas em comparação com pessoas que não consumiam a bebida. Um achado definido como surpreendente pelos cientistas é que o composto descafeinado também reduziu o risco de morte por qualquer causa.
Segundo os pesquisadores, a descoberta sugere que os benefícios do café não estão relacionados somente à cafeína, uma vez que a bebida tem outros 100 componentes. No entanto, o consumo da opção descafeinada não teve uma relação tão robusta com a redução de doenças do coração. Enquanto os outros compostos diminuíram em 20% o risco, o sem cafeína reduziu em apenas 9%.
A pesquisa, por ser somente observacional, não tem como provar com exatidão a causa e o efeito do ato de beber café. Por isso, os cientistas reconhecem a necessidade de estudos futuros para comprovar as descobertas.
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