Bebê aparece com olho roxo e médicos descobrem câncer avançado
Menina tinha câncer no sistema nervoso de estágio 4 com pouco mais de um ano. Ela foi diagnosticada a partir de sintoma no olho
atualizado
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A menina Harper Walker tinha um ano e três meses quando foi diagnosticada com neuroblastoma cerebral, um câncer avançado, já no estágio 4, o último de desenvolvimento da doença. A condição só foi identificada a partir da manifestação de um inusitado sintoma: seu olho ficou roxo sem motivo aparente e não melhorava.
Os sintomas do tumor começaram a aparecer logo depois de Harper se curar de uma luxação no quadril, quadro comum em bebês com desenvolvimento articular comprometido. Ela estava voltando a correr por conta própria e seus pais acreditavam que ela tivesse batido o olho em algum brinquedo.
O hematoma, porém, começou a crescer e a apertar o olho da menina. Segundo uma campanha on-line criada para arrecadar dinheiro para o tratamento da bebê, o clínico geral que foi procurado orientou a família a esperar 15 dias para ver se a mancha passava.
Só após este período eles foram orientados a buscar um oftalmologista. No mesmo dia, o médico encaminhou a bebê para a oncologia: exames e biópsias confirmaram que um tumor havia causado a mancha.
Câncer muito além do olho
O tumor de Harper é um neuroblastoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este é um tipo de tumor comum em crianças, especialmente nas menores de 10 anos. Ele pode surgir em várias regiões do corpo, em geral nas terminações nervosas, se espalhando posteriormente pelo corpo.
Nem sempre a doença apresenta sintomas. Em geral, se formam massas no abdômen da criança, o que pode causar constipação, dor e desconforto. As massas também podem se formar no tórax, pressionando os pulmões, ou em outras partes do corpo.
No caso de Harper, porém, elas se desenvolveram no crânio e se espalharam rápido. Quando o caso foi descoberto, ela já estava em estágio 4, com alto risco de morte. A menina tinha menos de 50% de chance de sobreviver por cinco anos, segundo os pais.
O tratamento do câncer
Harper iniciou o tratamento poucas horas após ser diagnosticada e fez 80 dias de quimioterapia intensa para combater o tumor. Por consequência deste tratamento, ela já precisou de várias transfusões de sangue, internações e rodadas de uso de antibióticos para combater infecções potencialmente arriscadas.
“Harper não perdeu a alegria. Ela gosta de brincar com seus amigos, conhecer novas pessoas ou quando seus irmãos brincam com ela. Ela tem um sorriso que ilumina todos os lugares”, afirmam os pais.
Apesar de já estar com o olho melhor, a menina está longe da cura. Após a quimioterapia, os médicos estão planejando como fazer uma cirurgia para a retirada dos tumores mais resistentes. Além disso, ela poderá fazer outra série de quimioterapia de alta dose, que exigirá isolamento no hospital.
A campanha de financiamento coletivo feita pelos pais é para garantir dinheiro para um tratamento rápido e, assim, evitar o avanço do câncer. Além disso, eles terão de monitorar a possibilidade de volta dos tumores, que é de 60%.
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