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Conheça o caso de menina de 5 meses que tem buracos no coração

Luiza tem uma malformação que causa buracos nas divisões no seu coração, ameaçando sua vida. Infecções impediram que ela realize a cirurgia

atualizado

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Acervo pessoal/Metrópoles
Foto mostra rosto de bebê com três meses centralizado. Ela sorri e é possível ver sua língua - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra rosto de bebê com três meses centralizado. Ela sorri e é possível ver sua língua - Metrópoles - Foto: Acervo pessoal/Metrópoles

Luiza Espíndola Faccin nasceu em fevereiro deste ano em Pato Branco (PR). A maior parte de sua jornada, porém, a pequena passou em um hospital: aos três meses de vida ela foi intubada. Internada desde maio, a bebê tem duas malformações combinadas no coração que ameaçam a sua sobrevivência.

Luiza possui tanto comunicação interventricular (CIV) como comunicação interatrial (CIA). Ou seja, há zonas de seu coração que deveriam ser fechadas, mas possuem cavidades que deixam o sangue de um lado atravessar para o outro.

De acordo com a cardiologista Renata Mattos, membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) e chefe da Cardiologia Pediátrica do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), cerca de 1% dos bebês que nascem têm alguma cardiopatia do tipo CIA ou CIV.

Estão neste grupo as malformações congênitas das mais graves, quando não há nenhuma parede, até as mais leves. Em alguns casos, é preciso operar o bebê logo depois do parto. Em outros, o passar dos anos permite que os buracos no coração se fechem naturalmente.

“Com essa combinação de malformações, mais sangue do que deveria acaba indo para os pulmões. O órgão fica pressionado, encharcado, e tem uma tendência maior a infecções. O coração também fica sobrecarregado e o bebê não se alimenta corretamente por conta do esforço que é engolir”, diz Renata.

Estes foram os sintomas com os quais Luiza conviveu desde que nasceu. A menina veio ao mundo com 2,3 kg e nunca conseguiu ganhar peso pelo cansaço de mamar. Hoje, ela tem 3,4 kg. O ideal era ter pelo menos dois quilos a mais do que isso.

“Luiza sempre fez muito esforço para mamar, ficava muito cansada. Eu sabia que não era normal, mas lutei até entender. Primeiro me disseram ser uma bronquite. Não era. Pior que nem depois do diagnóstico certo me informaram. Tive de pesquisar no meio do desespero para entender o caso”, conta a mãe da criança, Patrícia Faccin.

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A menina nasceu com 2,3 kg e nunca conseguiu ganhar peso pelo cansaço que representava mamar
Luiza tem uma má-formação em que não há divisões no seu coração
A bebê possui tanto a comunicação interventricular (CIV) como a comunicação interatrial (CIA)
 A família de Luiza decidiu criar uma vaquinha para arrecadar o dinheiro para que a bebê possa ser operada
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Luiza Espíndola Faccin nasceu em fevereiro deste ano e passou quase metade de sua vida internada

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A menina nasceu com 2,3 kg e nunca conseguiu ganhar peso pelo cansaço que representava mamar

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Luiza tem uma má-formação em que não há divisões no seu coração

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A bebê possui tanto a comunicação interventricular (CIV) como a comunicação interatrial (CIA)

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A família de Luiza decidiu criar uma vaquinha para arrecadar o dinheiro para que a bebê possa ser operada

Coração de mãe

Patrícia é manicure mas, desde que Luiza nasceu, decidiu fechar o seu salão de beleza para estar ao lado da filha. Mãe de outros dois — Gabrielly, de 14, e Caleb, de 5 — ela decidiu ficar no hospital com a caçula até a cura.

O problema é que Luiza até agora não fez a cirurgia para resolver o problema no coração. As comorbidades causadas por características da sua doença a impedem de ser levada de forma mais rápida à mesa de cirurgia.

De acordo com a mãe, os médicos queriam esperar até a menina ganhar mais peso para fazer a cirurgia, o que não aconteceu naturalmente. Além disso, ela teve uma pneumonia em maio que obrigou uma intubação e, desde então, ela não respira naturalmente. Para completar, o acesso no pescoço da criança foi contaminado com um fungo hospitalar que quase lhe custou a vida.

“Minha filha teve várias complicações e, enquanto não melhorar delas, os médicos não farão a cirurgia no coração. Mas eu tenho certeza que ela vai se recuperar, só não sei se aguenta esperar tanto”, explica a mãe.

Financiamento coletivo para a cirurgia

Embora o procedimento esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a família de Luiza decidiu criar uma vaquinha on-line para arrecadar o dinheiro e operar a bebê em um hospital particular assim que estiver totalmente recuperada das infecções. A família espera juntar R$ 50 mil para evitar que a fila do serviço público arraste ainda mais o caso da pequena.

A expectativa é poder levar Luiza para casa o mais rápido possível, mas apenas quando ela estiver saudável.

“É incrível como ela vive lutando, sempre sorrindo, mesmo quando quase não consegue respirar. É uma guerreira. Sinto que ela vai se recuperar. Fiz promessa, voltei para a igreja, vou fazer tudo para vê-la bem”, afirma a mãe.

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