1 de 1 Imagem colorida: mão de cientista com luva segura pote com amostra de variante Ômicron - MKetrópoles
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Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciaram, no sábado (12/11), a descoberta de uma nova cepa do coronavírus no Amazonas. A subvariante Ômicron BE.9 seria a responsável pelo recente aumento do número de casos de Covid-19 no estado.
A cepa é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, que descende da BA.5. Tanto a BE.9 quanto a BQ.1 – identificada recentemente – compartilham algumas das mesmas mutações, a K444T e N460K, na proteína spike. Contudo, elas não parecem provocar o aumento do número de casos graves ou da letalidade.
“O que nos deixou mais intrigados com a nova variante é que ela apresenta as mutações K444T e N460K na spike, exatamente como a BQ.1.1. A BE.9 ainda tem uma deleção na spike, na posição Y144”, afirma Tiago Gräf, da Rede Genômica.
Segundo Gräf, a BQ.1.1 descende da BE.1, que se originou também da BA.5.3.1. “Então, de forma independente e em lugares diferentes no mundo, a BA.5.3.1 gerou linhagens com as mesmas mutações na spike. Em evolução, chamamos isso de convergência”, explica.
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer
Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19
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Aumento de casos
Os casos de Covid-19 no Amazonas estavam em ascensão desde meados de outubro e subiram de uma média móvel de 230 casos semanais para aproximadamente mil. Para entender o cenário epidemiológico local, a equipe do virologista Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, sequenciou mais de 200 genomas de amostras do coronavírus de setembro e outubro.
Ao analisar os resultados encontrados pela equipe de Naveca, Gräf avaliou que a região tem sido um território sentinela de monitoramento da doença. “O que ocorre no estado tende a se repetir em outras regiões e pode estar acontecendo novamente”, afirma.
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