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Bariátrica gera perda de peso mais duradoura que drogas para emagrecer

Remédios como o Ozempic são menos eficazes que a cirurgia bariátrica para o emagrecimento, segundo pesquisa feita por médicos dos EUA

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Médico apresenta ilustração do estômago humano, cirurgia bariátrica - Metrópoles
1 de 1 Médico apresenta ilustração do estômago humano, cirurgia bariátrica - Metrópoles - Foto: Getty Images

Os remédios para perda de peso que simulam a ação de hormônios no organismo, como o Ozempic, o Wegovy e o Mounjaro, estão na mira da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica (ASMBS). O objetivo do grupo americano de médicos é formar um consenso entre os especialistas para mostrar que o fim do procedimento cirúrgico ainda é um sonho distante.

O encontro científico anual do grupo de médicos, realizado em San Diego, nos Estados Unidos, apresentou em sua abertura nesta terça-feira (11/6)  uma revisão de de estudos publicados entre 2020 e 2024 indicando que a cirurgia bariátrica leva a uma perda de peso maior e mais sustentada em comparação com os remédios do momento.

A pesquisa consolidou dados de investigações científicas que compararam a eficácia da bariátrica com os simuladores de GLP1, um hormônio de saciedade que é replicado por remédios como o Ozempic.

A investigação indicou que dependendo da dosagem do remédio, o emagrecimento pode chegar a 21,1% do peso corporal em nove meses de uso. Entretanto, ao parar de tomar a medicação, metade das pessoas recuperou o peso em no máximo um ano.

O estudo indicou que a cirurgia levou a um emagrecimento de até 31,9% um ano após a cirurgia. A perda de peso de aproximadamente 25% foi mantida por até 10 anos após o procedimento.

“A cirurgia bariátrica continua sendo o tratamento mais eficaz e durável para a obesidade grave. Isso indica que a cirurgia pode ser usada mais precocemente no processo de tratamento da doença”, analisa a cirurgiã Marina Kurian, professora da NYU Langone Health e coautora do estudo, em comunicado à imprensa.

A presidente da ASMBS, a cirurgiã Ann Rogers, destacou que a pesquisa não é um ataque aos medicamentos, que se mostraram “promissores”. Entretanto, ela indica que é preciso pensar meios de tornar os simuladores de GLP1 mais baratos (posto que o tratamento precisa ser contínuo) antes que eles possam competir com as cirurgias em custo-benefício.

A análise foi feita com base em uma série de estudos sobre o emagrecimento. Os dados sobre o GLP-1 incluíram quatro ensaios clínicos realizados entre 2021 e 2024. Sobre as bariátricas, foram consultados 35 estudos, sendo dois ensaios clínicos (pesquisas controladas feitas com pacientes acompanhados ao longo do tempo). Ao todo, os pesquisadores revisaram os resultados de perda de peso de aproximadamente 20 mil pacientes.

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