metropoles.com

Banho de sol íntimo: veja os perigos de expor os genitais à luz solar

Dermatologistas revelam que a tendência do TikTok de tomar banho de sol na região perineal faz mal à pele e não há comprovação de benefícios

atualizado

Compartilhar notícia

Getty Images
Sol - pelada
1 de 1 Sol - pelada - Foto: Getty Images

O banho de sol é uma forma comprovada de estimular a produção natural de vitamina D e ativar a melanina na pele, além de ser benéfica para o bem-estar. Mas a prática tem ganhado proporções inusitadas nos últimos anos com a popularização de influenciadoras adeptas à exposição solar do períneo (região que engloba desde o ânus até a genital).

No TikTok, vídeos que recomendam a exposição das genitais em direção ao sol já contam com milhões de visualizações e têm como objetivo “aumentar as vibrações”, melhorar o humor e até mesmo a libido. As influenciadoras indicam tirar as roupas íntimas e posicionar-se de modo que a região perianal fique diretamente exposta ao sol no intervalo de dois a cinco minutos.

Segundo as adeptas da prática, expor a região à luz solar faz com que a energia natural do sol seja absorvida. A ideia é de que o estímulo da luz também auxilie no sono, na concentração e na criatividade.

“As pessoas sempre me perguntam como eu estou feliz o tempo todo. Tomar sol nos orifícios por dois minutos durante o dia vai aumentar suas vibrações”, afirmou a criadora de conteúdo Lauren K., em um vídeo publicado no TikTok em junho deste ano. A influenciadora acrescentou que a recomendação não é uma indicação médica, e reconhece que é controversa.

De acordo com a dermatologista Natália Medeiros, existem limites para os benefícios do sol para a saúde humana. “Essa prática não é recomendável e não existe comprovação científica dos supostos benefícios. A região do períneo é bastante sensível e, se eu fosse aconselhar alguém sobre isso, diria para não tentar em casa ou, mais especificamente, ao ar livre”, afirma a médica.

14 imagens
A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
1 de 14

O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura

Peter Dazeley/Getty Images
2 de 14

A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma

Barcin/Getty Images
3 de 14

Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara

BSIP/UIG/Getty Images
4 de 14

O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos

JUAN GAERTNER/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
5 de 14

Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado

JodiJacobson/Getty Images
6 de 14

Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma

kali9/Getty Images
7 de 14

Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga

Peter Dazeley/Getty Images
8 de 14

O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas

Getty Images
9 de 14

O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares

Callista Images/Getty Images
10 de 14

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento

SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
11 de 14

O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia

Noctiluxx/Getty Images
12 de 14

Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”

lissart/Getty Images
13 de 14

Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”

ALFRED PASIEKA/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images
14 de 14

Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais

franckreporter/Getty Images

A prática também acende o alerta a respeito dos riscos de desenvolvimento do câncer de pele, pois um dos fatores de risco é a exposição constante e desprotegida da derme à luz solar. De acordo com a dermatologista Luanna Caires, a pele fina da região do períneo aumenta as chances de queimaduras e manchas, acelerando o envelhecimento e o escurecimento da pele e podendo levar ao desenvolvimento de câncer.

Ou seja, ao contrário do que é exposto nas redes, há contraindicação a respeito do banho de sol íntimo. A dermatologista indica que não é preciso tirar a roupa e ficar com as pernas abertas para obter os benefícios da luz solar, e que tomar sol em qualquer outra parte do corpo já provoca os benefícios apontados pelas influenciadoras.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?