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Bactérias da gengiva estão relacionadas à evolução do Alzheimer

Pesquisa científica revelou que o patogênico presente na periodontite é encontrado no cérebro de pessoas que possuem a doença degenerativa

atualizado

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1 de 1 alzheimer - Foto: KatarzynaBialasiewicz/istock

Uma pesquisa científica publicada na revista americana Science Advances mostra que a saúde bucal está relacionado ao desenvolvimento do Alzheimer  O estudo comprova que existe relação entre a Porphyromonas gingivalis, bactéria responsável pela periodontite crônica, e a doença degenerativa que afeta cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos de idade.

Os pesquisadores da empresa farmacêutica Cortexyme encontraram a bactéria que afeta a gengiva no cérebro de pessoas que apresentam a doença. Também verificaram que camundongos com Alzheimer têm os sintomas piorados quando são infectados com a bactéria Porphyromonas gingivalis . A Cortexyme é sediada na Califórnia e produz medicamentos para barrar a evolução do Alzheimer.

O estudo encontrou as enzimas que a bactéria usa para dissolver a gengiva em 96% das amostras de tecidos cerebrais de pacientes com Alzheimer analisadas. A Porphyromonas gingivalis apareceu também no líquido espinhal dos pacientes.

O paciente com Alzheimer normalmente possui um acúmulo das proteínas tau e beta-amiloide no cérebro e, até aqui, a explicação mais aceita sobre o surgimento da doença era uma deficiência no controle da produção dessas substâncias. Agora, sabe-se que a ação das bactérias da periodontite também afeta a estrutura da proteína tau.

Uma saída será desenvolver bloqueadores de enzimas tóxicas produzidas pela Porphyromonas gingivalis – uma das linhas de trabalho da Cortexyme. Ao mesmo tempo, na Austrália, pesquisadores estão desenvolvendo uma vacina contra a Porphyromonas gingivalis.

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