metropoles.com

Saiba quais os riscos de comer queijo contaminado com Escherichia coli

Uma pesquisa aponta a existência de queijos com a presença da bactéria Escherichia coli. Nutricionista comenta sobre riscos à saúde

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ulrike Schmitt-Hartmann
Foto colorida de criança sentada em mesa comendo queijo, bactéria
1 de 1 Foto colorida de criança sentada em mesa comendo queijo, bactéria - Foto: Ulrike Schmitt-Hartmann

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, conhecida como Proteste, revelou a existência de queijos que não estão em conformidade com os padrões estabelecidos pelas autoridades sanitárias do Brasil. As informações foram divulgadas nesta segunda (26/6).

Os pesquisadores encontraram queijos com níveis de bactérias acima do permitido, bem como quantidades significativamente maiores de sódio em relação ao indicado na tabela presente na embalagem. Foram testadas 18 marcas de queijo coalho, nove de gorgonzola, seis de queijo processado e 16 de queijo ralado.

O queijo coalho Três Marias apresentou um teor de sódio 159% superior ao indicado, enquanto o queijo ralado Gran Romando teve um teor 76,6% acima. O gorgonzola Cruzilia apresentou aumento de 94%, e o queijo processado São Vicente, uma diferença de 36,3%. As regulamentações no Brasil permitem um acréscimo máximo de 20% em relação à quantidade declarada no rótulo.

A pesquisa identificou a presença da bactéria Escherichia coli em quantidades superiores às permitidas nas marcas de queijo coalho Porto Alegre e SertaNorte. Em excesso, a bactéria pode causar complicações de saúde, como diarreia.

Riscos à saúde

A bactéria é normalmente encontrada no intestino humano, porém, se consumida em altas concentrações nos alimentos ou na água, pode causar dor de barriga e diarreia. A nutricionista e educadora física Dani Borges, que atende online, destaca ainda o alto risco de infecção intestinal, que pode evoluir para um quadro de gastrite.

“A infecção intestinal vem com náuseas, vômito, febre, diarreia e, a depender do grau, pode evoluir para uma gastrite. A bactéria geralmente atinge o trato gastrointestinal, o que pode gerar constipação severa ou diarreia muito forte. Então, a pessoa contaminada pode entrar em desidratação. Em alguns casos, pode ocorrer também alergia na pele”, explica Dani.

Outras infecções causadas pela Escherichia coli

  • Infecção da glândula prostática (prostatite);
  • Doença inflamatória pélvica (DIP);
  • Infecção da vesícula biliar;
  • Infecções que surgem depois de apendicite e diverticulite;
  • Infecções de feridas (incluindo feridas abertas durante cirurgias);
  • Infecções em úlceras de decúbito (na pele);
  • Infecções do pé em pessoas com diabetes;
  • Pneumonia;
  • Meningite em recém-nascidos;
  • Infecções da corrente sanguínea;
  • Síndrome hemolítico-urêmica.

O tratamento para infecções por E.coli, segundo o Manual MSD Versão Saúde para a Família, consiste em antibióticos e bastante líquido, mas em casos graves pode ser necessário drenar o pus e fazer hemodiálise para lidar com a síndrome hemolítico-urêmica. A complicação se desenvolve em cerca de 5% a 10% das pessoas (principalmente crianças com menos de 5 anos e adultos acima de 60 anos) cerca de uma semana após a infecção.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?