EUA: três pessoas morrem após nadar em mar quente e comer ostras cruas
Consumo cru dos frutos do mar e nadar no mar com feridas na pele podem estar por trás dos casos de infecção por bactéria rara
atualizado
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Autoridades dos Estados Unidos revelaram, na última quarta (16/8), que três pessoas, duas de Connecticut e uma de Nova York, morreram e uma está internada infectadas pela bactéria Vibrio vulnificus. O patógeno se alimenta de músculos e deteriora a pele, e está presente em águas mornas.
Os responsáveis pelo caso acreditam que dois dos pacientes contraíram a infecção bacteriana rara nadando no mar com águas mais aquecidas e o terceiro foi contaminado comendo ostras cruas. Os infectados têm entre 60 e 80 anos.
“As pessoas devem considerar o risco potencial de consumir ostras cruas e se expor à água salgada, particularmente durante os meses mais quentes do verão, quando é mais provável que as bactérias cresçam”, explicou o chefe do Departamento de Saúde Pública de Connecticut, Manisha Juthani, em comunicado à imprensa em 28/7.
A V. vulnificus é da mesma família da bactéria que causa a cólera. Mesmo casos leves podem levar à formação de feridas na pele, bolhas e urticária.
Nos quadros mais graves, é possível que a infecção se torne generalizada, criando um estado de septicemia que pode ser fatal, como aconteceu com os pacientes dos EUA. As formas mais graves de infecção geralmente atingem pessoas com o sistema imunológico previamente comprometido por outras doenças.
Cuidados para evitar a bactéria
Embora gere casos graves de infecção, a bactéria é pouco resistente a mudanças de pH e de temperatura, o que leva à morte dela em qualquer método de cozimento.
A V. vulnificus não é capaz de penetrar a pele e, por isso, precisa ser engolida ou entrar em contato com feridas abertas. As autoridades de saúde dos EUA, porém, alertam que a contaminação pode ocorrer também em casos de pequenos arranhões e de tatuagens novas. Por isso, o ideal é lavar bem toda a pele logo após sair da água.
A bactéria é encontrada em toda a costa do território continental dos EUA, mas não há registros da presença do patógeno no Brasil. No país norte-americano, ela é responsável por 100 mortes por ano, matando uma a cada cinco pessoas infectadas.
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