Staphylococcus aureus: conheça bactéria que matou jovem de 18 anos
Infecção foi causada por bactéria presente na pele, mas que pode ser muito perigosa quando cai na corrente sanguínea. Entenda os perigos
atualizado
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A universitária catarinense Dâmilly Beatriz, 18 anos, morreu na última segunda-feira (12/6) ao ser infectada por uma bactéria que entrou em seu organismo através de uma acne. A Staphylococcus aureus entrou no corpo da jovem por uma espinha no rosto e, ao cair na corrente sanguínea, levou a uma infecção generalizada.
Resistente a antibióticos, a bactéria é comumente encontrada na pele, está em cerca de 20% das pessoas. Porém, se cai na corrente sanguínea, há risco de ser fatal.
Ela pode ingressar no corpo a partir de machucados, hematomas e cortes. Quando alguém tira um cravo, por exemplo, o local fica aberto para a infecção, ainda mais porque a ponta do nariz, onde normalmente aparecem os cravos, é também o local que a bactéria se encontra com maior frequência.
“A infecção por Staphylococcus aureus imita um quadro de meningite. É difícil de diagnosticar porque o paciente evolui muito rápido e a bactéria demora para crescer no laboratório. Muitas vezes a gente só descobre qual é o patógeno responsável quando já é tarde”, explica o infectologista Claudio Stadnik.
Além do caso de Dâmilly, o neto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Arthur Araújo morreu, aos 7 anos de idade, vítima da mesma bactéria, em 2019.
A Staphylococcus aureus é um tipo de estafilococo e é o de maior resistência aos antibióticos. Nesse grupo, estão algumas bactérias que podem causar pneumonia e doenças do coração. No caso do patógeno que atingiu Dâmilly, porém, o quadro é quase idêntico ao da meningite, doença causada por outro grupo de bactérias, vírus ou fungos.
Sintomas e tratamento contra a bactéria
Assim como a meningite, o que se observa nesta infecção é rigidez da nuca, náuseas, vômitos e crises convulsivas. “É uma infecção que não acontece fácil, mas todo médico de emergência e infectologista tem receio de se deparar com esse tipo de estafilococo. É uma luta árdua entre a vida e a morte”, afirma Stadnik.
O tratamento é feito com derivados da penicilina, mas a bactéria evolui rápido e pode se provar muito resistente. No caso de Dâmilly, a menina sentiu o inchaço no rosto no domingo (11/6) pela manhã e, pouco mais de 30h depois, morreu. O tratamento mais efetivo ocorre nas 24h horas posteriores ao início da infecção.
O ideal, portanto, é fazer a prevenção com uma higienização constante das mãos, evitando coçar feridas, machucados ou espinhas. No caso de acnes espremidas, deve-se lavar as mãos com água e sabão e também a área lesionada, evitando o toque.
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