Babosa pode causar câncer? Entenda comparação feita com aspartame
A planta está no mesmo grupo da agência Iarc, da OMS, de substâncias “possivelmente cancerígenas para seres humanos” que o aspartame
atualizado
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Há duas semanas, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou o aspartame como “possivelmente cancerígeno para seres humanos”. O relatório da Iarc comparou o adoçante artificial com outros produtos, como o chumbo, a fumaça de escapamento e o extrato de aloe vera, também conhecida como babosa.
Tais substâncias estão presentes no grupo 2B (possivelmente cancerígeno) da Iarc, usado quando há “evidências limitadas, mas não conclusivas, de ligação com câncer em humanos, ou dados convincentes de câncer em animais”, segundo informa a entidade.
O extrato de babosa é encontrado em diversos cosméticos de cuidados diários para o cabelo e pele, produtos para alívio de queimaduras solares e em suplementos alimentares. Ele se popularizou graças ao seu poder de hidratação e por conter compostos relacionados ao aumento da imunidade.
Um estudo de 2013 mostrou que o risco está no consumo inadequado da planta, com a ingestão do látex da aloe vera, conhecido como antraquinona. A seiva líquida amarela presente entre a casca e a polpa da planta tem efeito laxante e irrita o trato digestivo.
Os pesquisadores alimentaram ratos por dois anos com água contendo concentrações variadas de um extrato feito com a folha inteira da babosa. Ao final do experimento, os roedores que ingeriram as maiores concentrações da substância tinham desenvolvido um tipo de tumor intestinal.
Após a publicação do estudo, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) emitiu um alerta para desaconselhar o uso de altas doses da antraquinona em suplementos alimentares que prometiam a desintoxicação do organismo. Em 2019, a aloe vera foi adicionada à lista da OMS como “possivelmente cancerígena para seres humanos”.
É importante destacar que o risco foi associado ao consumo em doses altas, mas independentemente da quantidade, a antraquinona deve ser evitada pois pode provocar cólicas e desconfortos intestinais. O consumo de outras partes da planta, como a polpa, não está relacionado a riscos à saúde.
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