BA.2: subvariante da Ômicron é 63% mais transmissível
Embora seja mais infecciosa, a linhagem provoca quadros menos graves e representa pouco perigo para os que não são idosos
atualizado
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Novos dados divulgados esta semana mostram evidências de que a subvariante da Ômicron BA.2 é mais infecciosa do que a BA.1, cepa original encontrada na África do Sul, mas não há sinais de maior gravidade.
Durante um briefing virtual na quarta-feira (23/2), a diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, destacou que vários estudos mostraram uma “vantagem de crescimento” de 63% para a subvariante em relação à Ômicron, o que explica a transmissibilidade e o escape de vacinas.
Menor gravidade
Por outro lado, Van Kerkhove afirmou que a OMS não vê “uma diferença na gravidade da BA.1 em comparação com a BA.2. Portanto, este é um nível semelhante de gravidade no que se refere à hospitalização“.
“Isso é muito importante, porque em muitos países eles tiveram uma circulação substancial, tanto de BA.1 quanto de BA.2. E nesses países, eles não viram uma mudança na gravidade de BA.1 em comparação com BA.2”, disse Van Kerkhove.
Dados do Instituto Nacional de Estatísticas Britânico, divulgados nesta quinta-feira (24/2), mostram também que o risco de morte após infecção pela BA.2 é 67% menor do que com a Delta. Entre as pessoas com menos de 70 anos, a gravidade chega a ser até 87% menor.