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Harvard: azeite pode reduzir risco de morte relacionada à demência

Estudo diz que consumir azeite diariamente pode reduzir probabilidade de morrer de doenças relacionadas com a demência

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Foto colorida de azeite sendo colocado em colher - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de azeite sendo colocado em colher - Metrópoles - Foto: Image Source/Getty Images

Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que a simples adição de uma colher de azeite à dieta diária pode proporcionar benefícios à saúde, como proteção contra a demência.

O azeite é uma ótima alternativa de “gordura boa” para o preparo dos pratos. Além de ser saboroso, o óleo é bastante versátil, podendo ser utilizado em saladas, grãos, legumes, peixes e carnes.

“Normalmente, as pessoas que usam azeite para cozinhar ou como tempero têm uma melhor qualidade geral da dieta”, diz a nutricionista Anne-Julie Tessier, da Universidade de Harvard, ao site Healthline.

Consumo de azeite diminuiu probabilidade de morte

O trabalho, publicado na revista científica JAMA Network Open em 6 de maio, combinou os resultados de pesquisas feitas com enfermeiros e profissionais de saúde realizadas nas décadas de 1970 e 1980. Todos estavam livres de doenças cardíacas e câncer em 1990, quando os questionários introduziram pela primeira vez as perguntas sobre o consumo de azeite. Nos anos que se seguiram, 4.751 dos 92.383 participantes morreram de causas relacionadas com a demência.

O estudo descobriu que os adultos que consumiam regularmente mais de 7 g de azeite por dia (cerca de meia colher de sopa) tinham 28% menos probabilidade de morrer de doenças relacionadas com a demência em comparação com aqueles que nunca ou raramente consumiam o óleo.

“O azeite pode exercer efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores devido ao seu alto teor de ácidos graxos monoinsaturados e outros compostos com propriedades antioxidantes, como vitamina E e polifenóis”, explica Tessier no artigo publicado.

A demência não é uma causa direta de morte, mas pode levar a complicações graves que contribuem para o óbito. Por exemplo, pessoas com demência têm maior probabilidade de sofrer quedas, desenvolver infecções respiratórias, enfrentar desnutrição e apresentar problemas cardíacos.

Além disso, a doença degenerativa pode comprometer a capacidade da pessoa de cuidar de si mesma, aumentando o risco de complicações de saúde não tratadas que podem resultar em morte.

O azeite e as demências

Pesquisas feitas com animais indicam que certos tipos de gorduras, como os ácidos graxos monoinsaturados presentes no azeite, podem oferecer benefícios protetores à saúde. Além disso, os polifenóis podem prevenir a formação das placas amiloides associadas ao Alzheimer.

Os participantes do estudo americano eram predominantemente brancos e com alto nível de educação, o que limita a generalização dos resultados para diferentes populações. Além disso, devido à natureza observacional da pesquisa, os cientistas não podem estabelecer uma relação direta entre os resultados e o consumo de azeite.

No entanto, pesquisas anteriores também indicaram que indivíduos que consomem regularmente azeite têm um risco aproximadamente 30% menor de morrer de doenças neurodegenerativas.

Com o aumento contínuo das taxas de demência em todo o mundo, medidas preventivas, como a adoção de uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos e mentais representam a melhor estratégia para mitigar as doenças.

O azeite provavelmente desempenha um papel crucial nos resultados consistentemente positivos para a saúde associados à dieta mediterrânea. No entanto, nem todos têm igual acesso a uma dieta completa: por isso, entender quais componentes dela têm o maior impacto na saúde pode ser fundamental para ajudar as populações mais vulneráveis a melhorar seu bem-estar.

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