“Azar extraordinário”, diz irmã de homem que morreu após tomar vacina
O advogado inglês Neil Astles tinha 59 anos e, após receber o imunizante de Oxford/AstraZeneca, apresentou um coágulo sanguíneo no cérebro
atualizado
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O advogado Neil Astles, 59 anos, foi uma das vítimas da formação de um raro coágulo sanguíneo no cérebro após receber a vacina de Oxford/AstraZeneca. Ele vivia em Newton-le-Willows, na Inglaterra, e faleceu no domingo de Páscoa (4/4), depois de 10 dias com fortes dores de cabeça e constantes episódios de perda de visão.
Neil foi vacinado em 17 de março. Cerca de uma semana depois da injeção, começou a sentir dores de cabeça – que se agravaram, junto com a piora da visão. De acordo com o jornal The Telegraph, ele foi levado às pressas para o pronto-socorro do Royal Liverpool Hospital, onde foi internado na UTI, mas não resistiu e faleceu duas semanas depois.
Mesmo após a perda, a irmã do advogado, Alison Astles, pediu, nesta quinta-feira (8/4), que as pessoas não deixem de se vacinar com o imunizante da AstraZeneca e definiu o que aconteceu com o irmão como um “azar extraordinário”.
“Se todos nós tivermos a vacina, alguns de nós podem ter um coágulo sanguíneo, mas a evidência é que menos pessoas morrerão”, disse Alison, que também é professora do curso de farmácia da Universidade de Huddersfield.
“Estamos sofrendo, mas não há nada em nossas mentes para ficarmos realmente furiosos. Meu irmão teve um azar extraordinário. Apesar do que aconteceu à nossa família, acreditamos fortemente que todos deveriam tomar a primeira e a segunda doses da vacina AstraZeneca”, completou.
Neil era um corredor regular, com um estilo de vida saudável e sem histórico de coágulos sanguíneos. Segundo Alison, os níveis de plaquetas muito baixos aumentaram as suspeitas em relação ao evento adverso à vacina.
O advogado teve um coágulo seguido por um sangramento no cérebro, que estava comprimindo o tronco cerebral. A morte foi registrada como “trombose do seio cerebral e hemorragia subaracnoide” – quando o sangue extravasa subitamente no espaço entre o cérebro e o tecido que cobre o órgão –, com “plaquetas baixas e dímero D extraordinariamente alto”, revelou o jornal Daily Mail.