Dia do autismo: entenda os critérios de diagnóstico
O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é uma oportunidade para frear o estigma sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
atualizado
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Hoje é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo (2/4). A data tem o objetivo de chamar a atenção para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), suas nuances e formas de diagnóstico.
Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) do Ministério da Saúde mostram que o Brasil realizou em 2021 9,6 milhões de atendimentos ambulatoriais a pessoas com autismo. Desse total, 4,1 milhões foram para o público com até 9 anos de idade.
Para a psicóloga Luciane Costa, da FourC Bilingual Academy e da FourC Learning, nos últimos anos temos testemunhado um considerável aumento no alcance e disseminação de informações sobre o autismo. Isso permite que mais pessoas tenham conhecimento sobre a condição.
“No entanto, apesar desse progresso, o autismo continua sendo amplamente mal compreendido. Muitas pessoas enfrentam estigmas, discriminação e preconceito, o que resulta na privação de acesso a recursos adequados e na limitação de sua participação plena na sociedade”, avalia a psicóloga.
Ela lembra que o espectro do autismo abrange uma ampla gama de manifestações e expressões, tornando-se uma condição altamente individualizada. Portanto, os desafios variam significativamente de acordo com o posicionamento do indivíduo dentro do espectro.
Critérios de diagnóstico de autismo
Todos os desafios citados anteriormente podem apontar para o diagnóstico do autismo. Isso porque o TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento.
Segundo o Ministério da Saúde, os sinais mais comuns do TEA são:
- Apresentar atraso anormal na fala;
- Não responder quando for chamado e demonstrar desinteresse com as pessoas e objetos ao redor;
- Ter dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo, preferindo sempre fazer tarefas sozinho;
- Não conseguir interpretar gestos e expressões faciais;
- Ter dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou palavra com frequência;
- Apresentar falta de filtro social (sinceridade excessiva);
- Sentir incômodo diante de ambientes e situações sociais;
- Ter seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos;
- Apresentar movimentos repetitivos e incomuns, como balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo (como ouvidos, olhos e nariz), girar em torno de si, pular de forma repentina, reorganizar objetos em fileiras ou em cores;
- Mostrar interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns ou excêntricos, como biologia, paleontologia, tecnologia, datas, números, entre outros;
- Ter problemas gastrointestinais ocasionados por quadros de ansiedade.
Segundo Luciane, para confirmar o diagnóstico esses sintomas precisam aparecer no período do desenvolvimento. Ou seja, na primeira infância, até os 6 anos de idade. “Para crianças que não apresentam de forma tão significativa esses sinais, o diagnóstico pode vir mais tarde, mas é comum observar alguns indicativos ainda nessa fase”, diz a profissional.
Leia a reportagem completa no Saúde em Dia, parceiro do Metrópoles.
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