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Atividade física pode diminuir sintomas da Covid longa, diz estudo

Pesquisa de médicos da USP aponta que exercícios físicos em casa aliviam a fadiga em pessoas com Covid longa

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Foto mostra mulher enrolando tapete de yoga em casa ao lado de pesos
1 de 1 Foto mostra mulher enrolando tapete de yoga em casa ao lado de pesos - Foto: Getty Images

Praticar atividade física em casa pode ser uma forma de combater os sinais da Covid longa. Segundo médicos da Universidade de São Paulo (USP), a prática de exercícios em casa em uma rotina de 16 semanas é capaz de diminuir os sintomas tanto respiratórios quanto musculares da doença.

A pesquisa foi publicada em maio no British Journal of Sports Medicine. Um grupo de 50 pessoas que tiveram Covid grave, foram internadas em UTI e tiveram alta há pelo menos cinco meses, foi observado. Elas seguiam sentindo sintomas da doença, especialmente fadiga constante.

Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo que um deles continuou sedentário enquanto o outro foi instruído a realizar sessões de treino em casa com cerca de 1h de duração, três vezes durante a semana, por quatro meses.

Ambos os grupos passaram por baterias de exames de capacidade pulmonar, cardíaca, muscular e de outros sintomas persistentes da doença.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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O quanto a Covid longa diminuiu?

Quem praticou os treinos teve uma melhora de qualidade de vida e de saúde em geral. Os médicos também registraram menos reclamações quanto à fadiga: enquanto 76% dos pacientes que não fizeram o treino relataram sentir o sintoma, este número caiu para 28% entre que cumpriram a prática.

A dificuldade de respirar também foi muito menor para quem treinou: 9% em relação a 36% dos que permaneceram sedentários. Ao comparar os dois grupos, também foi diminuída a fraqueza muscular e (4% vs. 35%) e a dor muscular (19% vs. 55%).

Para os pesquisadores, o estudo poderá ser usado para planejar o tratamento a longo prazo de pessoas que tiveram Covid longa. “Este modelo de exercício surge como uma estratégia terapêutica eficaz e segura na recuperação de pacientes que tiveram Covid grave”, conclui o texto.

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