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Atenção no sushi: veja que infecções podem ser causadas pelo peixe cru

Alimentos de procedência duvidosa podem causar quadro de diarreia, náusea e vômitos. Sem tratamento, problema pode se tornar crônico

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Thiago Bueno/Divulgação
MaYuu Sushi_Sashimi de salmão_Thiago Bueno
1 de 1 MaYuu Sushi_Sashimi de salmão_Thiago Bueno - Foto: Thiago Bueno/Divulgação

Sushi, sashimi, nigiri e temaki são algumas das diversas opções de pratos da gastronomia asiática que têm o peixe cru como principal ingrediente. Apesar de apetitosas, em casos raros, iguarias de procedência duvidosa podem provocar infecções intestinais graves.

Desconfortos gastrointestinais depois de um rodízio em restaurante japonês, como diarreia, náusea, vômitos ou dor de cabeça, são alguns dos sintomas mais frequentes que indicam a infecção de bactérias e parasitas. A médio prazo, também podem surgir falta de apetite e perda de peso.

“A principal causa é a difilobotríase, causada pelo parasita Diphyllobothrium – ele é mais comum em alguns tipos de peixe selvagens, como o salmão. Mas algumas bactérias, como a Salmonella, também podem acometer o trato digestivo”, explica o gastroenterologista do Hospital Brasília, Flávio Hayato Ejima.

A difilobotríase também é conhecida como a doença da “tênia do peixe”, um dos maiores parasitas do homem, atingindo aproximadamente 10 metros de comprimento no intestino delgado.

O problema também pode ser causado pelo verme do gênero Anisakis, responsável pela doença anisaquíase, encontrado principalmente em frutos do mar, como crustáceos, lula e peixes contaminados. Quando se ingere alimentos infectados com o parasita, as larvas podem atingir o estômago e o intestino, resultando em sintomas como dor abdominal forte, febre, náuseas e mal estar geral que podem aparecer algumas horas após consumir o peixe cru, por exemplo.

Tratamento

Por não associar o problema à infecção, algumas pessoas acabam negligenciando os sintomas e não fazem o tratamento correto com antibióticos ou medicação antiparasitária. De acordo com o médico, alguns casos podem evoluir para um quadro crônico, levando à perda de peso.

“Dificilmente, com um tratamento caseiro, os parasitas ou bactérias, serão eliminados”, afirma Ejima.

Na dúvida, os pacientes devem procurar um médico clínico geral ou gastroenterologista e fazer exame parasitológico de fezes e cultura.

Como evitar infecções

Para quem não abre mão do consumo de peixe cru, a melhor maneira de evitar as infecções é se ater a restaurantes confiáveis, que utilizem alimentos de boa procedência, e prestar atenção às características do peixe ingerido. Ele deve estar fresco e conservado em temperatura adequada.

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