AstraZeneca retoma testes da vacina de Oxford após reação de paciente
Autoridades de saúde do Reino Unido permitiram a realização de novos estudos clínicos. Imunização está na fase 3 de testes
atualizado
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A farmacêutica AstraZeneca, responsável pela produção da vacina de Oxford contra o novo coronavírus, anunciou neste sábado (12/9) a retomada dos testes clínicos do imunizante. Segundo a emissora de TV americana CNBC, autoridades de saúde do Reino Unido permitiram a empresa voltar a realizar estudos clínicos.
Na última terça-feira (8/9), os testes da AstraZeneca foram suspensos por medida de segurança, após uma paciente britânica ter apresentado reação adversa à vacina de Oxford. Ela não tomou placebo e desenvolveu mielite transversa, doença autoimune que envolve uma rara inflamação da medula. A paciente já teve alta.
Em comunicado, a AstraZeneca explicou que “o processo de revisão padrão desencadeou a pausa voluntária” nos testes clínicos.
“A companhia vai continuar trabalhando com autoridades de saúde mundiais e receber orientação sobre quando outros testes clínicos poderão ser retomados para que a vacina seja fornecida de maneira ampla, adequada e sem lucros durante esta pandemia”, afirmou a farmacêutica.
Esperança contra a Covid-19
A vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford é a principal aposta do Governo Federal e uma das mais avançadas do mundo. O imunizante está sendo testado no Brasil, e apresentou, até o momento, bons resultados em termos de eficácia e segurança.
O Ministério da Saúde fechou um acordo com a indústria para adquirir 100 milhões de doses e recebê-las no fim de dezembro ou começo de janeiro de 2021. O titular da pasta, Eduardo Pazuello, afirmou na última terça-feira (8/9) que espera começar a vacinar toda a população no fim de janeiro.